A polícia deve começar a ouvir nesta terça-feira os depoimentos de testemunhas que presenciaram a morte do motorista de van Wellington Ribeiro de Faria, de 60 anos, que foi atropelado propositalmente por Hudson Eduardo Silva, de 18 anos, na saída de uma boate em Nova Lima, na Grande BH. A delegada Graziela Rosa Lucindo, que está a cargo das investigações, tem 10 dias para concluir o inquérito. O corpo de Faria foi enterrado nesta segunda-feira no Cemitério Bosque da Esperança, no Bairro Jaqueline, na Região Norte da capital.
O crime aconteceu na madrugada deste domingo próximo à Hard Rock Café, no Bairro Vila da Serra. Hudson e dois amigos contaram que se envolveram em uma briga dentro da casa de shows após um deles mexer com uma mulher que estava acompanhada por outro homem. Por causa da briga, eles foram expulsos do estabelecimento pelos seguranças. O trio entrou no carro e, quando se preparavam para sair, viram um grupo seguindo em direção ao veículo para agredí-los. Assustado, Hudson, que estava no volante, acelerou o veículo e atropelou um rapaz.
Os suspeitos foram presos no Bairro São Lucas, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, após serem perseguidos pela PM. Lucas Marsal Silva Duarte, de 23 anos, e Yago Bruno Portilho Siman, de 20, foram ouvidos pela delegada Rosângela Tulher, pois não foi apontado o envolvimento deles no ato criminoso. A delegada Graziela Rosa Lucindo afirmou que vai intimá-los novamente. Caso fique comprovado que Lucas e Yago incitaram Hudson a atropelar as vítimas, eles podem ser presos por coautoria. A polícia também procura por seguranças e taxistas que estavam no local e presenciaram o crime.
Hudson, que é inabilitado e dirigia com sintomas de embriaguez, vai responder por homicídio doloso, quando há intenção de matar. Além disso, ele responderá também pelo crime de lesão corporal. Se condenado, o jovem poderá ser sentenciado em até 30 anos. Ele está preso no presídio de Nova Lima.
Últimas homenagens
O corpo do motorista da van Wellington Ribeiro foi enterrado na manhã desta segunda-feira no Cemitério Bosque da Esperança, em clima de tristeza e revolta. No velório parentes e amigos da vítima demonstram revolta com a irresponsabilidade de jovem motorista ao sair de boate. Para os familiares o atropelamento foi um assassinato.
(Com informações de Paula Sarapu)