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Estado de Minas

Mais de 1 hora para embarcar em Confins com a greve da PF

Policiais fizeram operação padrão no terminal


postado em 09/08/2012 06:00 / atualizado em 09/08/2012 06:46

Fiscalização mais rigorosa de passageiros e bagagens causou transtorno no terminal de Confins(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Fiscalização mais rigorosa de passageiros e bagagens causou transtorno no terminal de Confins (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)


Enquanto rodovias ficaram travadas por operação da Polícia Rodoviária Federal, quem ia viajar de avião também ficou prejudicado. A operação padrão da Polícia Federal no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, deixou passageiros por mais de uma hora na fila de embarque. Isso porque, com aumento de efetivo, a fiscalização dos viajantes e suas bagagens foi mais rigorosa principalmente para voos internacionais. A ação pegou muitos passageiros de surpresa e deve se repetir pelo menos até amanhã.

A operação padrão é uma das medidas programadas pelos grevistas para mostrar à população as carências da PF. “A gente não quer que haja atrasos (nos embarques). Apenas incluímos uma etapa a mais, que deveria ser feita sempre, mas que não fazemos por falta efetivo”, explica o agente Rodrigo Porto, representante do comando local de greve que participou do procedimento em Confins. Segundo o Sindicato dos Policiais Federais em Minas (Sinpef-MG), o aeroporto conta com apenas quatro policiais federais de plantão, quando o contingente mínimo deveria ser de dez funcionários.

“Esse é um procedimento que serve para garantir a segurança daquele que embarca, conforme protocolos internacionais. Nesta semana, com o aumento da fiscalização, há grande chance de ter flagrante de tráfico de drogas”, prevê o presidente do Sinpef-MG, Renato Deslandes. Ontem, primeiro dia da operação em Minas, não se registrou qualquer irregularidade, embora os cães farejadores utilizados pelos agentes tenham levantado suspeitas sobre cinco passageiros, informa a PF. “Foram entrevistados por policiais e confessaram ter manuseado ou consumido entorpecentes, mas nenhum portava droga”, relata Porto.

A enfermeira Karina Geralda de Souza, de 34 anos, chegou ao setor de voos internacionais por volta das 14h10. Só conseguiu entrar na sala de embarque às 15h25. “Geralmente, a gente chega e entra direto, sempre está tranquilo”, comparou. “A coisa tem que ser mais organizada, os usuários não têm nada a ver com isso. É complicado ficar em pé por mais de uma hora. Estou morrendo de dor de cabeça”, queixou-se. Ela seguia para Lisboa, onde pegaria outro voo para a Cidade do Porto. “Estou com medo de perder a conexão.”

Passaporte

Quem buscou atendimento da Polícia Federal para emissão de passaportes nos postos do Shopping Anchieta, Região Centro-Sul, e no Posto Uai, na Praça Sete, terá que voltar outro dia. Cerca de 65% das pessoas não conseguiram dar entrada no pedido para ter o documento. Para retirar o documento pronto, a prioridade foi para moradores do interior ou pessoas com urgência de viajar.

Em Belo Horizonte, cerca de 100 delegados e peritos da corporação cruzaram os braços e participaram de manifestação pela manhã em frente ao Banco Central, na Região Centro-Sul da capital. Outras 11 entidades federais paralisadas também pediram recomposições salariais. A ameaça é que haja paralisações de 48 ou 72 horas e até mesmo greve por tempo indeterminado caso o governo não negocie. Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central, Mário Getúlio Vargas Etelvino, o serviço de reposição de dinheiro aos bancos foi afetado, mas não comprometeu o estoque das instituições.

Participaram da manifestação delegados e peritos criminais da PF, funcionários fiscais de Minas Gerais, auditores da Receita Federal, servidores da Fiocruz, IBGE, entre outras. O Ministério do Planejamento informou que não vai comentar as paralisações.

Enquanto isso, reajuste para 1 milhão de servidores

A presidente Dilma Rousseff sancionou ontem por meio de medida provisória reajuste para quase um milhão de servidores federais ativos, aposentados e pensionistas. As novas tabelas contemplam também restruturação de carreiras e planos de cargos. De acordo com o Ministério do Planejamento, a MP possibilitou que 138 mil professores federais recebessem em junho reajuste de 4%. Outros 470 mil servidores integrantes do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo (PGPE) e da Carreira da Previdência, Saúde e Trabalho (PST) tiveram reajuste incluído em folha do mês de julho. Os servidores da Polícia Federal também tiveram aumento da gratificação de desempenho nos cargos de níveis superior, intermediário e auxiliar.


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