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Estado de Minas

Advogado pede revogação da prisão da ex-estudante acusada de arquitetar a morte do pai

Érika Passarelli foi ouvida por mais de três horas nesta quinta-feira no Fórum de Itabirito


postado em 09/08/2012 17:53 / atualizado em 09/08/2012 18:45

Érica apareceu à audiência com os cabelos louros(foto: Tv Alterosa/Reprodução)
Érica apareceu à audiência com os cabelos louros (foto: Tv Alterosa/Reprodução)
A ex-estudante de Direito, Érika Passarelli Vicentini Teixeira, de 29 anos , acusada de arquitetar a morte do pai, Mário José Teixeira Filho, de 50, para receber cerca de R$ 1 milhão em apólices de seguro, foi ouvida por mais de três horas, na tarde desta quinta-feira, em mais uma audiência sobre o caso no Fórum de Itabirito, na Região Central de Minas Gerais. O advogado da acusada, Zanone Manuel de Oliveira Júnior, pediu a revogação da prisão preventiva da mulher, sob o argumento que ela não oferece nenhum risco à sociedade. O juiz vai analisar o caso.

Érika chegou ao fórum com os cabelos novamente pintados de loiro. A audiência estava marcada para começar às 13h.  Porém, houve atraso de 30 minutos. A ex-estudante se recusou a responder às perguntas do Ministério Público e falou apenas durante intervenção do seu advogado. Segundo Passarelli, a relação dela com o pai sempre foi boa e ela era a filha mais próxima dele.  Ao ser questionada sobre o valor que ganha de pensão, ela informou que recebe 9,5 salários mínimos por um filho e R$ 5 mil por outro. Também revelou que ganhava uma mesada mensal de R$ 2 mil da avó.

O advogado da acusada pediu a revogação da prisão da ex-estudante. Segundo Zanone, a mulher não coagiu nenhuma testemunha e não oferece risco à sociedade. O defensor solicitou que sejam utilizadas as medidas cautelares ao invés da detenção. Neste caso, Érika teria que se apresentar ao fórum periodicamente, não poderia sair da cidade sem autorização, entre outras restrições. O MP vai analisar o pedido e dar o parecer sobre o caso, que será remetido ao juiz para que ele decida se solta a acusada.

O advogado Zanone Emanuel informou que o depoimento foi produtivo e explicou os motivos da ex-estudante ter fugido após o crime. “Foi muito positivo. Ela pôde dar a versão dela sobre o caso. A Érika fugiu pois temia sofrer retaliações por parte dos inimigos do pai dela”, afirmou o defensor.

Mário José foi executado em agosto de 2010. Seu corpo foi encontrado com marcas de três tiros às margens da BR-356, em Itabirito, Região Central de Minas. Além de Érika, o ex-namorado Paulo Ricardo de Oliveira também responde pelo crime. Além das suspeitas de estelionato e homicídio, a polícia também apura o envolvimento de Érika numa quadrilha de tráfico internacional de crianças.

Érika Passarelli ficou quase dois anos foragida em um jogo de gato e rato com a Polícia Civil de Minas Gerais. Em março deste ano, ela acabou presa em um bordel no Rio de Janeiro, onde trabalhava há cerca de dois meses. No tempo em que estava sendo procurada, a ex-estudante passou por São Paulo, Paraná, Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Ela chegou a vir para Belo Horizonte, em abril de 2011, quando ficou em um hotel no Bairro Belvedere. A polícia foi em busca da mulher, mas não conseguiu encontrá-la.

A acusada decidiu, então, morar no Rio de Janeiro, na comunidade Rio das Pedras, onde trabalhou em dois bordéis. A terceira casa de prostituição, local onde ela foi presa, fica no Bairro Vargem Pequena, na Zona Oeste carioca.


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