Em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira em Belo Horizonte, os policiais federais em greve decidiram que os protestos serão mantidos até a próxima quarta-feira. As operações-padrão, que começaram a ser realizadas no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, também vão continuar.
A prioridade, de acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Federais em Minas Gerais (SINPEF-MG), Renato Deslandes, é fiscalizar os passageiros de voos internacionais, mas caso haja equipe disponível, os voos domésticos também serão vistoriados. Nesta tarde, a previsão é de que a ação seja realizada a partir das 14h. A equipe será formada por policias especializados no combate ao narcotráfico com cães farejadores. O objetivo é intensificar a fiscalização, trabalho que deveria ser feito diariamente, mas que por falta de equipe, não é feito, segundo Deslandes.
Até quarta-feira, passaportes só serão emitidos em caso de urgência. Os serviços de investigação, inteligência e fiscalização continuarão paralisados. Também na próxima semana pode ocorrer um movimento nacional de “enterro da segurança pública”, como o que ocorreu na capital mineira . Ainda de acordo com o presidente do SINPEF-MG, na quinta-feira haverá uma nova assembleia da categoria na capital para decidir os rumos do movimento e apresentar respostas do governo.
Eles reivindicam a reestruturação na carreira dos policiais, especialmente em relação aos agentes, escrivães e papiloscopistas. Os profissionais estão inseridos na carreira de nível superior, porém, atualmente recebem salário inicial de cerca de R$ 7.700,00, piso para profissionais que possuem apenas Ensino Médio. Os policiais exigem o piso de R$ 12 mil, valor pago para quem possui terceiro grau completo.
(com Agência Estado)