A violência no Bairro Belvedere não é assunto apenas nas conversas de rua. O jornal da comunidade enumera vários casos de agressões sofridas por moradores nos últimos meses. Entre os casos mais recentes o informativo relata o assalto a uma empresária na Rua Desembargador Jorge Fontana, transversal àvAvenida Luiz Paulo Franco. O crime aconteceuem24 de julho, às 17h. A mulher, dona de uma escola de idiomas no bairro, voltava para casa quando quatro jovens com camisas de time exigiram sua bolsa.A vítima foi jogada no chão e arrastada por alguns metros, com a bolsa ainda presa ao braço. Testemunhas gritavam e ela pedia socorro, mas os assaltantes conseguiram levar a bolsa. A mulher teve luxações nos pés e nas mãos, ficou com a pele bastante esfolada e pretende se mudar.
DEFESA DA PM O comandante do 22º Batalhão da PM, tenente coronel Luiz José Francisco Filho, afirma que o número de crimes está diminuindo no bairro, mas se nega a divulgar estatísticas que comprovem suas afirmações. Segundo o oficial, em julho houve uma queda de 16% nos índices de criminalidade e o principal objetivo da PM é desenvolver ações que suplementem a atividade do policial. “Estamos com uma certa dificuldade de fazer contato com funcionários de lojas no Belvedere. A partir do momento que conseguirmos chegar até essas pessoas será mais fácil incentivar as denúncias de situações suspeitas antes de acontecer alguma coisa”, acredita o comandante.
Ele discorda da população e garante que houve aumento no efetivo. “Já está prevista uma atuação maior na área do Belvedere, pois a sensação de insegurança das pessoas está aumentando” admite. Sobre os pedidos dos moradores já apresentados pelas associações, ele afirma que destacou uma viatura no bairro focada nas operações e blitzes. Disse ainda que vai estudar se é possível aceitar um telefone celular custeado pelas entidades, que ficaria na viatura. “Tenho que estudar se é possível juridicamente colocar um celular na viatura para ficar à disposição dos moradores. Isso pode desvirtuar a segurança pública e torná-la privada”, completa.