Desde o início da greve da Polícia Federal, na terça-feira passada, entre 600 a 800 passaportes deixaram de ser emitidos diariamente em Minas Gerais, de acordo com o Sindicato dos Policias Federais em Minas Gerais (Sindpef). O presidente da instituição, Renato Deslandes, informou que apenas 20% dos pedidos de emissão e registro do documento estão sendo atendidos, e somente com urgência. Os casos são avaliados individualmente.
A categoria reivindica melhoria nas condições de trabalho e reajuste salarial. Segundo o Sindpef, atualmente os agentes, escrivães e papiloscopistas recebem salário inicial de R$ 7,2 mil, piso para quem possui apenas o Ensino Médio. Eles querem a equiparação salarial para os policias que possuem o terceiro grau completo, que é de R$ 12 mil.
Operação-padrão
A greve dos agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal atingiu as oito unidades da corporação no estado. Conforme decisão em assembleia na semana passada, os policiais ainda fazem operação-padrão no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins. Nesta segunda, os quatro policiais de plantão fazem uma fiscalização minuciosa nos embarques e desembarques internacionais. Na terça-feira, uma equipe da PF será deslocada para o aeroporto reforçar a ação, o que pode gerar atrasos. No domingo, durante a ação de protesto, os policiais distribuiram pedaços de pizza para os passageiros.
De acordo com Deslandes, durante as operações no estado foram feitos oito flagrantes, entre eles de apreensão de drogas. Os serviços de investigação, inteligência e fiscalização continuarão paralisados. Na quinta-feira haverá uma nova assembleia da categoria na capital para decidir os rumos do movimento e apresentar respostas do governo.