Atualmente, a legislação determina que estabelecimentos sejam autorizados a servir clientes ao ar livre somente quando passeios tiverem pelo menos três metros de largura, com a condição de garantir faixa de, no mínimo, um metro para pedestresA exigência, que foi introduzida com as mudanças do Código de Posturas em 2010, levou a maioria dos bares e restaurantes em “Santê” a perder a licença, já que grande parte das calçadas não tem a largura exigidaDe acordo com a Administração Regional Leste, apenas três bares contam hoje com a permissãoA proposta de Caixeta diminui em 30 centímetros a medida e libera que estabelecimentos com passeios de, no mínimo, 2,7m tenham a licença.
“Santa Tereza é um polo gastronômico e a comunidade vive muito bem essa condiçãoSe quisermos preservar o bairro, teremos que adaptar a lei a essa realidade com a revisão da legislaçãoÉ uma flexibilização pequena, que permite que Santa Tereza não perca sua característica”, afirma Caixeta, candidato à reeleiçãoO parlamentar frisa que a demanda é específica do reduto boêmio e que outros bairros não enfrentam o problema
“Os clientes até brigam para sentar na calçada, não tem como a gente deixar de pôrNum bairro como Santa Tereza, ninguém tem licença maisA fiscalização está fazendo vista grossa, só que a gente fica com medo”, diz Sílvio, que assegura que a flexibilização não prejudicará os pedestresNascido e criado em “Santê”, José Ronaldo da Cruz, de 59 anos, ex-presidente da associação de moradores, ressalta que alterações podem ser feitas, desde que respeitem o direito de ir e vir dos cidadãos“Santa Tereza não é apenas um bairro de barzinhos e nós não podemos ficar à mercê de uma ocupação ilegalEstão querendo flexibilizar num lugar que não tem condição”, afirmaApesar de não apresentar números, a regional afirma que a fiscalização tem ocorrido no bairro.