A morte de uma menina de 7 anos vítima de meningite bacteriana deixa em alerta as autoridades de saúde de Belo Horizonte. Somente no primeiro semestre deste ano foram registrados 89 casos da doença, com oito mortes na capital. A estudante Tawane de Oliveira Santos apresentou os primeiros sintomas da contaminação no dia 27, mas os médicos disseram que se tratava “de uma virose”. Ontem, o corpo da menina foi enterrado no Cemitério da Saudade, Leste de BH, em meio a protestos dos parentes, que disseram que houve demora no socorro, por parte do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), e no diagnóstico da doença.
A menina estudava na Escola Municipal Dinorah Magalhães Fabri, na Vila Cemig, no Barreiro. Cerca de 30 alunos da instituição que também apresentaram quadro de enjôo, dor de cabeça e diarreia foram encaminhados para atendimento médico. A vice-diretora da escola, Valéria Cardoso, disse ontem que técnicos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) fizeram análises na água e na merenda escolar, sem que fossem encontrados indícios de contaminação. Os exames dos alunos que sentiram mal-estar não apontaram novos casos de meningite.
Tawane passou mal no dia 27, com forte dor de cabeça, febre e vômitos. Os médicos que a examinaram diagnosticaram uma “virose”. Porém, o quadro se agravou três dias depois e, com crise convulsiva, a menina foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Barreiro. Em estado grave, ela teve que ser transferida para o Hospital João Paulo II, na região central, onde morreu na terça-feira. Dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES) apontam que este ano 390 pessoas foram contaminadas pela doença no estado, das quais 40 morreram.