Jornal Estado de Minas

Incêndio na Serra da Canastra já consumiu mais de 1,5 mil hectares e segue sem controle

As chamas são combatidas por 35 brigadistas e quatro aeronaves. Parque segue fechado

João Henrique do Vale

Um reforço de brigaditas chegou neste sábado no parque - Foto: ICMBio/Divulgação

 

As queimadas seguem arrasando alguns parques de Minas GeraisNa Serra da Canastra, na área da cidade de São Roque de Minas, no Centro-Oeste do Estado, o reforço de brigadistas e aeronaves chegou neste sábado para tentar debelar o incêndio que já dura mais de 24 horasDe acordo com Darlan Alcântara de Pádua, chefe do parque, cerca de 1,5 mil hectares de vegetação já foram queimadas e o fogo segue sem controle

“Desde às sete da manhã retornamos ao combateOntem (sexta-feira) a tarde, nossa estimativa era de 1,5 mil hectares, mas pelo que vimos hoje (sábado) a situação piorou muito”, afirma Darlan de PáduaO combate é feito com 37 brigadistas e mais quatro aeronaves, duas do Instituto Chico Mendes, e outras duas cedidas pelo Governo de Minas Gerais

Os brigadistas tinham a esperança que o fogo se cessasse durante a madrugada, porém isso não aconteceu“Achávamos que o incêndio iria parar quando chegasse no Ribeirão dos Coelhos, mas ele passou para o outro lado da margemPor isso está fora de controle”, explica o chefe do parque

Aviões são usados no combate às chamas - Foto: ICMBio/DivulgaçãoPor causa do incêndio, as pessoas que queriam aproveitar o feriadão para visitar o parque terão de marcar uma outra dataPelo menos até segunda-feira o local ficará fechado

“Temos toda uma logística para debelar as chamasFuncionários também estão no combate direto ao fogo e fazem o transporte de alimentos e águaEste fim de semana infelizmente não vamos abrirPedimos desculpa e compreensão aos visitantes”, diz Darlan de Pádua

Tempo seco

Nesta sexta-feira, outros outros três parques florestais e três unidades de preservação ambiental sofrem com as chamasA situação acontece nos parques Verde Grande, em Matias Cardoso, no Norte do Estado, e no Rio Doce, em Timóteo, no Vale do Aço, e no Biribiri, em Diamantina, no Vale do JequitinhonhaNeles, brigadistas tentam, incessantemente, debelar as chamas.

Outros incêndios atingem também as unidades de preservação de Pandeiros e Cochá/Gibão, em Bonito de Minas, no Norte, e Fernão Dias, em Extrema, no SulDe acordo com o Corpo de Bombeiros, ainda não há um balanço atualizada destas ocorrências