A Justiça determinou fiança de R$ 43.540 para o motorista Michael Donizete Lourenço, 22, que provocou um acidente na madrugada de sábado na Avenida Nossa Senhora do Carmo, no Belvedere, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O Land Rover dirigido por ele bateu no no Ford Focus conduzido pelo estudante de administração Fábio Pimentel Fraiha, de 20 anos, que morreu na hora. Michael, que está preso no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp), será solto assim que pagar a fiança, mas está proibido de dirigir, sendo obrigado e entregar sua carteira de habilitação na delegacia do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MG), onde foi autuado por homicídio com dolo eventual. Segundo a polícia, ele apresentou sinais de embriaguez e se recusou a fazer o teste do bafômetro.
O acidente ocorreu por volta das 4h15, no Trevo do Belvedere. Segundo a PM, Michael afirmou que foi surpreendido pelo Ford Focus cruzando a avenida e não conseguiu evitar a batida. Ele disse ainda que estava circulando pela cidade com os amigos, mas não esclareceu de onde estavam vindo. Ainda segundo a PM, havia evidências de que o rapaz dirigia em alta velocidade. Michael não portava os documentos do veículo que, segundo ele, lhe foi emprestado por um amigo.
O pai do estudante morto no acidente, Júlio César Fraiha, lamentou a decisão. “Acho um absurdo o relaxamento de prisão desse motorista porque ele causou a morte de um inocente. As informações que chegam a cada momento são de uma atitude dolosa. Não se justifica que esses crimes continuem dessa forma, praticamente impunes. Não consigo conceber o motivo de tanta impunidade.”
Ele ainda ressaltou a possibilidade do motorista acusado continuar dirigindo. “Infelizmente na maior parte das vezes continua dirigindo mesmo sem carteira, essa questão é muito grave. Mas, a lei permite que assim seja feito. Nesse caso está mais que caracterizado que a conduta dele foi incompatível, criminosa e dolosa. “Não justifica colocar em liberdade um assassino”, desabafa Júlio César. O pai vai constituir, ainda nesta quarta-feira, o advogado Maurício Campos Júnior como representante da família no processo.