O metrô de Belo Horizonte vai ficar mais moderno
“A tecnologia é de 1950 e os trens são de 1986Eles são muito antigos e hoje enfrentamos dificuldades até para conseguir peças, pois muitas saíram de fabricação”, relataO desgaste do material é outro ponto negativo, pois, por ser um sistema mais rígido, gera desgaste maior nas rodas e no trilhoO superintendente diz que com o ABS o tempo para frenagem é menor“Hoje, o trem precisa desacelerar muito antes de parar na estação
Assim, será possível investir, no futuro, em sistemas de proteção de linha (barreiras físicas que se abrem em sincronia com as portas do metrô) e fazer a marcação do acesso de cadeirantes“Hoje não temos essa indicação, pois não há lugar certo para o trem parar, por causa dessa dificuldade da frenagem”, explica Nilson NunesOs novos freios terão impacto também no tempo de viagem“Se a frenagem é reduzida, diminui assim o tempo que a composição fica parada na estação”, afirma
O representante da CBTU diz ainda que os freios foram comprados há mais tempo, mas não puderam ser instalados por falta de mão de obra altamente especializada, que agora é objeto da licitaçãoAs 25 composições servem a única linha de metrô da capital (Vilarinho/Eldorado), com 28 quilômetros de extensão.
Mais trens
Além de ficar mais moderno, o metrô em BH ganhará composiçõesA expectativa é de que seja aberta nos próximos dias concorrência para a compra de 10 composições, já que ontem o governo federal publicou resolução que cria a comissão especial de licitaçãoA compra está avaliada em R$ 211 milhões e, além de diminuir o intervalo entre os trens no horário de pico, pode fazer com que mais vagões sejam acoplados às composições, aumentando a oferta de lugares para os passageiros,
Segundo a CBTU, a oferta vai incrementar, de imediato, em 50%Mas a ideia é chegar aos 100%, mudando de quatro carros por trem para oito em horários de picoAtualmente, nesses períodos, os intervalos entre as viagens variam de quatro a sete minutos