Está sendo velado no Centro Comunitário da Vila Acaba Mundo, no Bairro Sion, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, o corpo da balconista Joelma da Silva, de 25 anos, que morreu no grave acidente ocorrido na tarde de terça-feira no cruzamento das ruas dos Goitacazes e São Paulo, no Centro da capital. Familiares e amigos da jovem demonstram revolta e tristeza e esperam que, caso seja comprovada alguma irregularidade na van envolvida na batida, a justiça seja feita.
A família conta que Joelma trabalhava no Restaurante Bom Dia, no Mercado Novo, e foi ela quem chamou a cunhada Cassilene Pereira Lima, de 24, para trabalhar lá. A jovem, que fraturou o braço e sofreu um corte no acidente, teve alta nesta terça-feira e passa bem. Os parentes agora estão preocupados com o destino das duas filhas de Joelma, de 3 e 5 anos, pois a balconista era viúva. O enterro será no Cemitério da Saudade, na Região Leste de Belo Horizonte, mas ainda não há horário para a cerimônia, já que a família ainda está providenciando a documentação junto a um cartório.
No início desta tarde, o pai e a sogra de Joelma Rodrigues Gonzaga, de 19, amiga de Joelma da Silva, aguardavam a liberação do corpo da jovem no Instituto Médico Legal (IML) da capital. A vítima foi arrastada por um furgão, que parou sobre ela. A mulher foi levada para o Hospital João XXIII, mas morreu às 4h50 de hoje.
“A família está muito abalada, a Joelma vai deixar muita saudade. Era uma menina muito alegre, praticava esportes, muito comunicativa. Meu filho está arrasado”, diz a doméstica Margarete Vicentina. Joelma namorava o filho dela, Guilherme de Oliveira, 18 anos, há dois anos e quatro meses. O velório também vai acontecer no Cemitério da Saudade.
Entenda o caso
O acidente aconteceu às 17h10 de segunda-feira quando o furgão desgovernado atropelou as três mulheres, atingiu um caminhão, que tombou, uma motocicleta e um Palio. Joelma da Silva morreu na hora e a colega morreu no Hospital João XXIII.
A terceira atropelada, Cassilene, foi lançada contra o Ford Fiesta HCW 6709. As três trabalhavam juntas em um restaurante no Mercado Novo. Entre os outros feridos, ninguém corre risco de morrer. O condutor do furgão, Waldemar de Moura Silva, de 27 anos, em estado de choque, não soube dizer o que ocorreu, mas a suspeita é de falha mecânica do veículo, que tem cinco anos de uso. Ele vai ser investigado por duplo homicídio culposo e lesão corporal culposa.