Jornal Estado de Minas

Menor de 15 anos muda versão de estupro e assume sexo consensual com quatro rapazes

Uma adolescente de 15 anos, que procurou a polícia na última quarta-feira dizendo ter sido dopada e estuprada por quatros rapazes, assumiu para a delegada Bianca Landau Braile que o sexo foi consensual. Um vídeo com as cenas da relação sexual entre o grupo circulou pela internet, motivo pelo qual a adolescente acionou a polícia. A delegada estava desconfiada das alegações da estudante e iniciou uma investigação. Bianca Landau ouviu os envolvidos na última sexta-feira e recolheu material nos computadores dos rapazes.



Na versão inicial, a jovem disse que conheceu um rapaz de 18 na porta da escola e após alguns contatos foi convencida a ir até a casa dele, no Bairro São Benedito, em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A menor disse que os jovens deram bebida alcoólica e ela ficou inconsciente. Afirmou que não se lembrava do ocorrido na ocasião, mas tudo foi filmado. As imagens mostram a adolescente mantendo relação sexual com os quatro rapazes, sendo dois de 16 anos, um de 21 e o dono da casa de 18.

Três rapazes foram ouvidos na delegacia e apenas o dono da casa, onde o vídeo foi feito, não compareceu para depor. Eles afirmaram que o sexo foi consensual e negaram ter entorpecido a adolescente. No computador do jovem de 21 anos, a polícia encontrou outros vídeos dessa mesma menor fazendo sexo com esses rapazes, além de imagens de outras adolescentes envolvidas em atos sexuais com o grupo. A polícia vai identificar essas outras meninas para ouvi-las.

Quando a delegada Bianca Landau mostrou para e menor as outras filmagens em que ela aparecia, a estudante confessou o ato consensual. Ela disse que quis beber para ter coragem de transar com todos. Os envolvidos disseram que faziam as imagens com celular e baixavam para o computador desse jovem de 21 anos. Eles acusaram o rapaz de 18, ausente no depoimento, de divulgar o material na internet.



Todos os rapazes vão responder criminalmente pela divulgação do vídeo. A autuação é baseada no artigo 240 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que prevê pena de quatro a oito anos para quem filma ou reproduz cenas de sexo explicito com crianças e adolescentes. Os maiores de idade também foram autuados por corrupção de menores, cuja pena pode variar de dois a quatro anos de prisão. A polícia ainda vai continuar investigando o caso para identificar outros nove jovens que aparecem em vídeos guardados no computador.

O caso alterou a rotina na escola onde a menina estuda em Santa Luzia. Veja reportagem da TV Alterosa:


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