“Para os devotos, o aniversário da morte é o evento mais importante a ser celebrado e por isso estamos aqui mais uma vez para manifestar nossa admiração e contribuir para que ela seja beatificada”, diz a presidente da Associação dos Amigos de Irmã Benigna (Amaiben), Maria do Carmo de Souza Figueiredo Mariano, que conheceu Irmã Benigna quando seu filho mais novo tinha 3 anosO Vaticano abriu o processo de beatificação em outubro do ano passado, mas Maria do Carmo explica que não há uma regra de tempo para que o estudo da vida e obra da religiosa seja concluído“Cada caso é um caso, mas nós estamos firmes fazendo nossa parte de reconhecer as graças de Irmã Benigna”, diz.
O bispo auxiliar dom João Justino conta que recebeu o pedido da associação que representa os devotos de Irmã Benigna para entrar em contato com a obra da mineira de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, e ressaltou as qualidades da irmã“Sua trajetória é a encarnação do evangelho de Jesus CristoEla viveu de uma forma excelente, se dedicando a ajudar as pessoas”, diz o bispoAos fiéis, ele garantiu que pessoas como Irmã Benigna servem de exemplo para vencer todas as dificuldades que se apresentam na vida do ser humanoO responsável pela celebração eucarística também disse que o legado da religiosa aponta o caminho para que os fiéis sempre façam a vontade de Deus.
Devota de Irmã Benigna há mais de 10 anos, a professora aposentada Maria Iracema Fratini, de 56, conta que foi incentivada pela mãe a rezar pela candidata a beata e nunca mais parouSegurando um terço, ela diz que é um exemplo vivo de uma graça atribuída à irmã“A primeira vez que tive o contato espiritual fui tomada por uma paz enormeMinha mãe e meu irmão tinham problemas de coração e hoje estão bem
Nascida em 16 de agosto de 1907, Maria da Conceição Santos desde cedo revelava vocação para vida religiosaEla foi devota de Nossa Senhora de Lourdes e em 1935 ingressou na Congregação das Irmãs Auxiliares de Nossa Senhora da Piedade, onde iniciou seu apostolado com serviços religiososTrabalhou em cidades como Caeté (Região Metropolitana de BH), Itaúna (Centro-Oeste de Minas) e Lambari (Sul do estado)Sua morte ocorreu em 16 de outubro de 1981, em virtude de problemas cardíacos