Belo Horizonte desenvolveu um exemplar e precursor trabalho no combate à fome na periferia da cidade. Essa é a avaliação da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) que divulgou um relatório com dados sobre a mortalidade infantil no Brasil. Para o órgão, o sistema de segurança alimentar de BH poderia ser modelo de sucesso para outras cidades do mundo. A FAO também enfatizou que o Brasil conseguiu reduzir em 13% o número de pessoas subnutridas no último triênio.
Segundo o relatório, capital mineira se destaca pelo pioneirismo no combate à fome na periferia da cidade. No início dos anos 90, cerca de 38% dos habitantes de BH viviam na pobreza e cerca de 20% das crianças com menos de 3 anos sofriam de desnutrição. Este cenário levou o governo a desenvolver uma resposta em nível estrutural, que transformou em realidade o direito humano a ingestão de alimentos adequados em quantidade e qualidade.
Foi reduzida a mortalidade infantil em 60%, usando apenas cerca de 2% do orçamento anual da cidade e reunindo mais de 20 programas interligados e complementares e servindo de forte influência à criação do Programa Fome Zero.