A Avenida Brasil parou ontem à noiteNão a novela, mas a via belo-horizontina, com o mesmo nome do folhetim global, no Bairro Funcionários, Centro-Sul da capital, onde os bares, como outras casas noturnas em vários pontos da cidade, ficaram lotadosOlhares fixos na tela da televisão e comentários em sussurros, todos queriam saber qual final o autor João Emanuel Carneiro reservou para cada personagemNos intervalos, os telespectadores discutiam acertos e erros do fechamento do enredo
A pergunta que não se calava era: Quem matou Max? O mistério foi semelhante ao que ocupou o imaginário dos brasileiros em 1988, ao final de Vale Tudo, cuja a pergunta era: Quem matou Odete Roitman? Tudo revelado, teve quem reprovou a solução apresentada pelo autor“Não gostei do desfechoFicou muito óbvio ter sido a Carminha Ela já havia tentado matar o amante antesEm poucos dias, o assunto já estará esgotadoO autor podia ter feito opção por um final marcante, daqueles que não sai da memória”, sugeriu a biomédica Juliana Martins Fascane, de 25 anos.
O engenheiro Frederico Quintão, de 29, aplaudiu o desfecho“Tinha de ser a Carminha
O movimento nas ruas de Belo Horizonte foi pequeno, talvez pela chuva fina ou pelo capítulo final da novelaUma hora antes do início do capítulo, nos pontos de ônibus poucas pessoas esperavam ansiosas a chegada da condução“Sai tarde do serviço, pois tive de fazer hora extraEstou atenta à televisão do celular para assistir o começo da novela, pois vou demorar 20 minutos para chegar em casa”, explicou a assistente administrativa Luciene Daniela Cunha, de 35, que só pegou o ônibus às 21h
Mas teve quem preferiu ver o destino de Carminha junto com os amigos“Saímos para comemorar o aniversário de uma amiga e demos uma pausa para assistir à novela