Foi enterrada na manhã desta terça-feira em Ubá, na Zona da Mata de Minas Gerais, o corpo da médica Cristiani Moreira, de 41, assassinada a facadas pelo marido, o estudante de direito Welington Rodrigues Tavares, de 29 anos. O crime ocorreu no fim da tarde de domingo, no apartamento do casal, no Bairro Riacho, em Contagem, na Grande BH. O filho de Cristiani, de 12 anos, e um amigo do garoto testemunharam o homicídio, logo depois de os quatro chegarem de uma festa. Antes de matar a mulher e tentar o suicídio, Welington atacou o enteado. O menino sofreu um corte no braço e outro na cabeça quando tentava defender a mãe.
Depois de cortar o pescoço de Cristiani, o estudante tentou se matar com cortes nos pulsos, no pescoço e no peito. O filho da médica pediu socorro aos vizinhos e eles chegaram a tempo de evitar o suicídio do jovem. Já a vítima foi encontrada caída e sangrando no corredor do apartamento. Cristiani e o marido foram socorridos pelo Samu, mas ela morreu antes de chegar ao Hospital Municipal de Contagem. Welington ficou internado sob escolta policial. Ele se recupera, sem risco de morrer, mas ainda não há previsão para alta.
Como foi autuado em flagrante pelo homicídio qualificado, assim que deixar o hospital, o estudante de direito será levado para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) de Contagem. O delegado Luciano Guimarães do Nascimento, da Homicídios de Contagem, assumiu as investigações. No fim da manhã de segunda-feira, ele esteve no hospital na tentativa de conversar com o estudante. “O Welington teve cortes profundos nos pulsos e está com lesões no tórax e no pescoço. Ele está consciente, mas sob efeito de medicamentos, o que impediu o interrogatório. Teremos de aguardar que ele melhore”, disse o delegado.
Na manhã desta terça-feira o delegado começou a ouvir quatro vizinhos da médica, pessoas que escutaram a briga ou presenciaram a cena do crime. O filho de Cristiani também vai prestar depoimento, mas não será hoje.
Homenagem de pacientes
Um relacionamento de cinco anos, cheio de projetos e aparentemente tranquilo. Os familiares do estudante de direito e da médica ainda buscam respostas para o que teria motivado o universitário a discutir com a mulher e a assassiná-la com uma facada.
Cristiani trabalhava há cinco anos no Programa de Saúde da Família (PSF), atendendo pacientes no Centro de Saúde Maria Madalena Teodoro, e no Hospital JK, ambos na Região do Barreiro, em BH. No início da tarde de ontem, moradores do Bairro Lindeia e funcionários das unidades de saúde prestaram as últimas homenagens, durante um breve velório, em uma igreja evangélica.
“Estamos muitos comovidos, parece que perdemos alguém da própria família. Ela era muito atenciosa, tinha muito cuidado com todos”, contou a aposentada Maria da Consolação Leal, de 65 anos, paciente de Cristiani. Cunhado da médica, Marcos Ribeiro, de 41, disse que a decisão da comunidade de homenageá-la serviu de consolo à família. “Ficamos todos em estado de choque. Ninguém sabe explicar o que ocorreu. Meia horas antes da tragédia, o irmão da Cristiani, que mora no mesmo prédio, esteve no apartamento com ela e o marido. Estava tudo bem. Logo depois, os vizinhos ligaram contando sobre a briga e que Welington a havia esfaqueado. A homenagem diminui um pouco a dor, pois sabemos que ela era muito querida”, disse Marcos Roberto.
Cristiani Moreira se formou em medicina há cerca de 18 anos na Universidade Federal de Juiz de Fora, onde conheceu Welington. Há cinco anos, o casal resolveu se mudar para Belo Horizonte. A médica havia comprado o apartamento em Contagem recentemente. Familiares de Cristiani disseram que ela dava a maior força ao marido, pagava a faculdade de direito dele e lhe deu um carro de presente.
(Com informações de Luana Cruz)
Depois de cortar o pescoço de Cristiani, o estudante tentou se matar com cortes nos pulsos, no pescoço e no peito. O filho da médica pediu socorro aos vizinhos e eles chegaram a tempo de evitar o suicídio do jovem. Já a vítima foi encontrada caída e sangrando no corredor do apartamento. Cristiani e o marido foram socorridos pelo Samu, mas ela morreu antes de chegar ao Hospital Municipal de Contagem. Welington ficou internado sob escolta policial. Ele se recupera, sem risco de morrer, mas ainda não há previsão para alta.
Como foi autuado em flagrante pelo homicídio qualificado, assim que deixar o hospital, o estudante de direito será levado para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) de Contagem. O delegado Luciano Guimarães do Nascimento, da Homicídios de Contagem, assumiu as investigações. No fim da manhã de segunda-feira, ele esteve no hospital na tentativa de conversar com o estudante. “O Welington teve cortes profundos nos pulsos e está com lesões no tórax e no pescoço. Ele está consciente, mas sob efeito de medicamentos, o que impediu o interrogatório. Teremos de aguardar que ele melhore”, disse o delegado.
Na manhã desta terça-feira o delegado começou a ouvir quatro vizinhos da médica, pessoas que escutaram a briga ou presenciaram a cena do crime. O filho de Cristiani também vai prestar depoimento, mas não será hoje.
Homenagem de pacientes
Um relacionamento de cinco anos, cheio de projetos e aparentemente tranquilo. Os familiares do estudante de direito e da médica ainda buscam respostas para o que teria motivado o universitário a discutir com a mulher e a assassiná-la com uma facada.
Cristiani trabalhava há cinco anos no Programa de Saúde da Família (PSF), atendendo pacientes no Centro de Saúde Maria Madalena Teodoro, e no Hospital JK, ambos na Região do Barreiro, em BH. No início da tarde de ontem, moradores do Bairro Lindeia e funcionários das unidades de saúde prestaram as últimas homenagens, durante um breve velório, em uma igreja evangélica.
“Estamos muitos comovidos, parece que perdemos alguém da própria família. Ela era muito atenciosa, tinha muito cuidado com todos”, contou a aposentada Maria da Consolação Leal, de 65 anos, paciente de Cristiani. Cunhado da médica, Marcos Ribeiro, de 41, disse que a decisão da comunidade de homenageá-la serviu de consolo à família. “Ficamos todos em estado de choque. Ninguém sabe explicar o que ocorreu. Meia horas antes da tragédia, o irmão da Cristiani, que mora no mesmo prédio, esteve no apartamento com ela e o marido. Estava tudo bem. Logo depois, os vizinhos ligaram contando sobre a briga e que Welington a havia esfaqueado. A homenagem diminui um pouco a dor, pois sabemos que ela era muito querida”, disse Marcos Roberto.
Cristiani Moreira se formou em medicina há cerca de 18 anos na Universidade Federal de Juiz de Fora, onde conheceu Welington. Há cinco anos, o casal resolveu se mudar para Belo Horizonte. A médica havia comprado o apartamento em Contagem recentemente. Familiares de Cristiani disseram que ela dava a maior força ao marido, pagava a faculdade de direito dele e lhe deu um carro de presente.
(Com informações de Luana Cruz)