Diante dos últimos acontecimentos de violência no câmpus da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o reitor Clélio Campolina anunciou nessa segunda-feira a compra de 200 câmeras de monitoramento e outras 18 com capacidade de vigilância, em 360°
“Essa insegurança que sentimos na cidade como um todo é fruto de uma sociedade muito violentaA universidade está inserida nessa sociedade com todas as manifestações de violência, mas estamos correndo atrás”, afirmou ele, admitindo preocupação com o temaSó o valor gasto com funcionários terceirizados representa 15% do orçamento anual de custeio da universidade“Eu recebi este ano do governo federal R$ 103 milhões para custeio da instituição e gasto R$ 15 milhões com 899 servidores contratados por licitação para segurançaAs novas câmeras vão custar mais R$ 1,8 milhão.”
Dentro do plano, foram instaladas 503 câmeras e 350 alarmes, além de uma central de monitoramento, dia e noite, que funciona inclusive nos dias em que a universidade não funciona, como domingos e feriadosOutra medida é o controle de acesso de veículosO reitor diz que 9.986 carros de alunos, professores e funcionários já foram cadastrados e que, para entrar no câmpus da Pampulha, todos os veículos deverão ter um decalque específico, entregue mediante cadastramento.
“Nossa estimativa de acesso é de 18 mil carros por dia, mas alguns entram mais de uma vezJá cadastramos a metade e acredito que a gente termine isso até o fim do ano
No entanto, dados da universidade indicam que já houve redução nos índices de criminalidade entre janeiro e agosto, se comparado com o mesmo período do ano passadoNo caso de furtos e pequenos roubos, o número de casos passou de 90 em 2011 para 83 em 2012Nesse período, os arrombamentos caíram de 24 para três e os casos de danos ao patrimônio sofreram redução, passando de 24 para 18 “As câmeras já estão inibindoÀs vezes ocorre alguma coisa, mas queremos chegar a zero.”
Ocorrências
Na sexta-feira, duas ocorrências assustaram quem frequenta o câmpusPrimeiro, um rapaz foi vítima de saidinha de banco, depois de sacar R$ 3 mil de um posto da Caixa Econômica Federal, na Praça de Serviços, perto do prédio do Centro de Microscopia da universidadeNo fim do dia, o segurança da UFMG Maximiliano Vaz da Silva Neves, de 27 anos, foi baleado em uma troca de tiros com o porteiro Adiel Alves Correia da Silva, de 21, que foi atingido no peito e morreu no localA suspeita é de que havia uma rixa entre os dois