O belo-horizontino fechou a semana com um dia de trânsito mais complicado do que o habitual para uma sexta-feira. Logo cedo, motoristas começaram a enfrentar engarrafamentos nos principais corredores da capital, que além de serem diariamente reféns do grande número de veículos, sofrem com acidentes e lentidão provocada por carros com problemas mecânicos.
Tudo isso em um dia que a chuva não deu trégua. Um teste de paciência para quem passou pelas avenidas Amazonas, Cristiano Machado, Contorno, Afonso Pena, Tereza Cristina, além das regiões da Pampulha e do entorno do BH Shopping, entre outras áreas da capital. O resultado: muita confusão, buzinaço, atrasos e compromissos perdidos para quem, além de tudo, precisou ter muita paciência para não se estressar. Os tormentos, no entanto, duraram todo o dia e se estenderam até a volta para casa.
Os primeiros problemas foram percebidos no início do dia na Avenida Amazonas, causados pela carreta com um transformador que travou a Rodovia Fernão Dias. Não bastasse a confusão, outras vias de importante acesso da capital ficaram engarrafadas também. Na Cristiano Machado, no sentido Centro, um acidente na entrada do Túnel da Lagoinha deixou o trânsito lento ao longo da via.
No Complexo da Lagoinha houve confusão no trânsito também. “Enfrentei congestionamentos hoje durante todo o dia e em vários pontos da cidade, especialmente na Cristiano Machado, no Anel Rodoviário e na Amazonas”, contou o representante comercial Devanir Bastos, de 59 anos.
Mais tarde na Região Centro-Sul da cidade, um acidente na Avenida do Contorno com a trincheira da Raja Gabaglia, no sentido Savassi, complicou a vida de quem passava pela região, assim como uma batida na Avenida Nossa Senhora do Carmo, no Bairro São Pedro, testou a paciência dos motoristas. Registraram retenções também por causa de veículos parados com problemas mecânicos as avenidas Tereza Cristina, Portugal e Cristiano Machado.
Estresse
O resumo de tantos engarrafamentos foi percebido ao fim do dia. Cansada, a representante comercial Bruna Anastácio Mendanha, de 25, voltava para casa depois de rodar quase durante todo o expediente de trabalho pela Região Centro-Sul da cidade. “Peguei a Afonso Pena engarrafada hoje desde a Getúlio Vargas até a Praça da Rodoviária. Na sexta-feira, o trânsito já costuma ficar mais complicado porque muita gente sai de carro, mas hoje foi pior”, disse. A representante contou que em uma das visitas que fez hoje, um médico lhe mostrou a agenda lotada, mas os assentos da sala de espera vazios. “Todos se atrasaram ou não conseguiram chegar a tempo. Hoje foi um dia bem atípico”, relatou.
Para quem roda 80 quilômetros diariamente, a tarefa de enfrentar o trânsito ontem foi difícil. Com semblante cansado, o representante de vendas Jucivaner Duarte, de 54, lamentou o tempo que se perde preso em engarrafamentos. “É cansativo, exaustivo até. Hoje então foi ainda pior porque toda a cidade tinha algum ponto de retenção”, afirmou.