Roni ficou mais de um ano desaparecido, até ser recapturado em outubro deste ano em Goiânia (GO). Uma semana depois de ser trazido de volta a Minas Gerais, ele foi intimado a explicar à Justiça formalmente sobre as circunstâncias da fuga. Ele foi ouvido pelo juiz Wagner Cavalieri no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, na Região Metropolitana de BH.
Ao magistrado, Roni afirmou que fugiu porque estava sendo ameaçado de morte. Ele estava trabalhando em um loja no Shopping Oiapoque, no Centro da capital e deveria retornar à carceragem aos fins de tarde. O traficante afirmou que no dia da fuga, quando voltava para a prisão, percebeu uma movimentação suspeito próximo à portaria da penitenciária de pessoas que não conhecia e que não trabalhavam na unidade. Ele resaltou que recebia ameaças e temendo tratar-se de uma emboscada, fugiu.
Considerada falta grave, a fuga fez com que a Justiça suspendesse o regime semi-aberto para o fechado, o que é tratado como regressão de pena. O traficante agora é mantido na Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem.
Atuação no tráfico de drogas
Roni é apontado pela polícia como um dos braços-direito do traficante Fernandinho Beira-mar. Ele comandou o tráfico de drogas na Pedreira Prado Lopes, Região Noroeste de Belo Horizonte. Ele foi recapturado em Goiânia, onde morava em uma casa de alto padrão, cercada por muros altos cobertos com cercas elétrica e cortante, no Bairro Porto Seguro, próximo a um condomínio de luxo. Para a polícia, na capital goiana ele atuava intermediando o repasse de drogas de traficantes de países vizinhos para grandes traficantes brasileiros, sem ter contato com os produtos.