O crime ocorreu em outubro. O corpo da criança foi encontrado dentro de um saco de ração, com marcas de agressão e violência sexual seis dias depois do início das investigações de seu desaparecimento. Depois que o corpo foi encontrado, a polícia começou a elaborar o perfil do autor com base nas características do crime, no local onde o corpo foi encontrado, onde ele poderia morar, entre outros detalhes. O delegado explica que, a partir daí, eles chegaram a duas pessoas com esse perfil, e que possivelmente teriam traços de psicopatia. Os policiais encontraram vestígios de sangue na casa dos suspeitos.
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Detido adolescente suspeito de envolvimento em morte de criança em Bom SucessoSuspeito de participação na morte de menina em Bom Sucesso é liberadoCorpo de criança assassinada é velado em Bom Sucesso; enterro será às 10hMãe de menina cruelmente assassinada em Bom Sucesso desabafaMoradores tentam invadir delegacia para linchar suspeito de matar menina em Bom SucessoAdolescente que assassinou criança no Sul de Minas tenta se matar em presídioPM reforça segurança na casa de menor que matou criança em Bom SucessoDurante a tarde de ontem, o adolescente fez a reconstituição do crime. O adolescente mora em uma casa a 20 metros de onde a criança morava. Ele é tio de um amiguinho da menina, da mesma idade, e ela foi até a casa para brincar com o menino. Lá, ela foi abordada pelo adolescente, que abusou sexualmente dela, mas a menina reagiu. Não houve penetração, mas os exames detectaram traços de esperma no corpo da criança.
Ainda de acordo com o delegado, o adolescente, que tinha 16 anos na época do crime, permaneceu na cidade durante todo o tempo das investigações e levava uma vida normal, como qualquer jovem da idade. O delegado conta que ele havia sido ouvido no início das investigações, quando ainda existia a suspeita de que a criança havia sido sequestrada.
Comoção
A morte de Kamyla chocou a cidade e causou grande comoção e revolta dos moradores. Jovens usaram as redes sociais para divulgar fotos da criança, desaparecida no dia 16 de outubro. Após a descoberta da morte, os habitantes, em luto, fizeram protestos pedindo paz e justiça. O sepultamento aconteceu no dia 23, acompanhado por centenas de moradores.
Duas pessoas, um homem de 40 anos e uma mulher de 25, que tem um relacionamento, chegaram a ser presos por suspeita de envolvimento na morte de Kamyla.
O delegado acredita que este foi um dos fatores que atrasou em pelo menos uma semana as investigações. Segundo ele, muitas pessoas tiveram medo de ir até a delegacia e serem confundidas com suspeitos e acabarem agredidas. A polícia também recebeu muitos trotes e informações equivocadas, inclusive de pessoas que disseram ter visto a criança com vida em cidades da região. .