Comida e abrigo para quem perdeu tudo. Médicos e socorristas prontos para remover pessoas soterradas e isoladas. As ações emergenciais da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) de Minas Gerais para atendimento a catástrofes naturais neste período chuvoso foram preparadas para alcançar qualquer cidade do estado em tempo reduzido em caso de tragédias como as que vitimaram 20 pessoas entre outubro de 2011 e abril de 2012. Neste ano já são 13 mortos. As ações incluídas nesse plano de trabalho englobam vários setores para garantir o atendimento às populações atingidas, com as secretarias de Saúde, Desenvolvimento Social (Sedese), Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Bombeiros, Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e Fundação Rural Mineira (Ruralminas)
Enquanto a prevenção e a reconstrução dos municípios atingidos cabe às prefeituras, é obrigação do Estado providenciar socorro emergencial e reconstrução das cidades que não conseguem se reerguer. Cabe à Cedec, inclusive, orientar no desenvolvimento técnico de documentos de decretação de situação de emergência e requisição de recursos. “A principal missão da Cedec é articular os órgãos do estado para darem a resposta aos desastres naturais. O plano emergencial dará mais rapidez a essa resposta”, afirma o secretário-executivo da Cedec, tenente-coronel Fabiano Villas Boas.
Dentro do batalhão funciona o Grupamento de Salvamento em Soterramento, Enchentes e Inundação. São 20 militares treinados para situações de calamidade que conseguem chegar em duas horas a qualquer ponto atingido. Dispõe de suprimentos próprios para ficar até sete dias seguidos em ação, sem necessidade de recursos locais.
Outra unidade dentro do batalhão é o Grupamento de Busca e Resgate em Estruturas Colapsadas (Brec), com 14 militares na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e 25 em Montes Claros, no Norte de Minas. Atuam no atendimento a vítimas de soterramentos, desabamentos e colapsos estruturais.
Verbas
Das verbas de R$ 4,4 bilhões previstas no orçamento dos ministérios das Cidades e da Integração Nacional para a reconstrução e a prevenção no período chuvoso, apenas R$ 1,3 bilhão foi gasto neste ano. A justificativa é a demora na aprovação dos projetos.
AERMAS CONTRA DESASTRES NATURAIS
– Formação do Batalhão de Emergências Ambientais – São 150 homens sediados em BH e de sobreaviso, em condições de se deslocar de helicóptero ou avião para fornecer auxílio técnico e de resgate em todo o estado
– Depósitos avançados – São 14 armazéns de cestas básicas, colchões e cobertores prontos para atender cidades em emergência
– Vistorias de barragens pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) com solicitação de monitoramento visual diário
– Radar metereológico – Equipamento capaz de avisar, com três horas de antecedência, a formação de tempestades
– Desassoreamento de rios – 17 municípios, em especial os da Zona da Mata, Sul e Leste do estado receberão, até o fim do ano, ações com custos estimados em
R$ 3 milhões
– Distribuição de kits de saúde – contém itens para casos de enfermidades comuns no período chuvoso: antibióticos, anti-inflamatórios, analgésicos, anti-hipertensivos, medicamentos para tratamento de pacientes com diabetes, entre outros medicamentos. As 28 superintendências e gerências regionais de saúde estão com estoque garantido de vacinas antitetânicas.
(FONTE: Governo do estado)