Jornal Estado de Minas

Ocupantes de monomotor que fez pouso forçado em Oliveira são transferidos para BH



Estão em observação no setor de ortopedia do Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, os dois ocupantes do monomotor que fez um pouso forçado na tarde de segunda-feira na cidade de Oliveira, Região Centro-Oeste de Minas.

De acordo com a Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), após a transferência, eles deram entrada por volta das 3h desta terça. O piloto Roque Lacerdino Teixeira, de 55 anos, e o fotógrafo Júlio César Fernandes, de 29, têm quadro estável, respiram sem ajuda de aparelhos e estão conscientes. Ambos sofreram fraturas. Ainda não há informações sobre previsão de alta.

A Polícia Militar (PM) da cidade informou nesta manhã que uma viatura permanece no local onde ocorreu o pouso. Dois investigadores do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Seripa III), com base no Rio de Janeiro, estão a caminho de Oliveira para periciar a aeronave, segundo o órgão.

O acidente

O monomotor de prefixo PRIG havia saído de São João Del Rey e seguia para Divinópolis. O acidente aconteceu por volta das 16h.
Irlan Gonçalves dos Santos, de 26 anos, funcionário da fazenda Rancho da Paz, viu de perto a hora em que o avião caiu. “Eles começaram a circular a fazenda. Acho que queriam pousar. O avião fazia um barulho diferente, muito alto. O avião caiu e os dois foram lançados para fora. Nunca tinha visto nada igual”, conta.

Dentro do avião foram encontradas várias máquinas fotográficas. Roque e Júlio trabalham com fotos panorâmicas de fazendas da região.
Os dois foram socorridos por enfermeiros de uma ambulância da cidade e pelos próprios militares. “A frente do avião ficou completamente destruída. Tivemos dificuldade no resgate, pois os dois chegaram a ficar presos às fuselagens”, explicou o sargento Vinício dos Santos.

As vítimas foram encaminhadas para o Pronto Atendimento Municipal da cidade. Ao chegar no local do acidente, os policiais isolaram a área. Dentro do avião, havia um galão com 20 litros de combustível, o que aumentava o risco de uma explosão. A perícia da Polícia Civil esteve no local por volta das 20h30.

(Com informações de Simone Lima e João Henrique do Vale).