A Polícia Militar (PM) anunciou que vai intensificar o rigor na fiscalização dos motoristas que insistem em beber e dirigir. A partir desta sexta-feira as equipes que fiscalizam o cumprimento da Lei Seca terão incremento de 3.500 homens e serão realizadas cerca de 2.000 mil operações a mais. O aumento no cerco começou desde antes do natal, mas deve ficar mais presente nas ruas no reveillon. “As blitzes vão ocorrer todos os dias. As prioridades são as entradas e saídas da cidade e os locais com concentração de bares”, contou o capitão Glauco, da diretoria de Meio Ambiente e Trânsito da PM. O aumento no efetivo deve ocorrer até dia 1° de janeiro.
Na semana passada a presidente Dilma Rousseff sancionou a lei que torna mais rígidas as punições para motoristas flagrados dirigindo alcoolizados. Com a sanção, as novas regras serão aplicadas nas operações das polícias rodoviárias para o período de festas de fim de ano e férias. A nova Lei Seca determina que outros meios, além do bafômetro, podem ser utilizados para provar a embriaguez do motorista, como testes clínicos, depoimento do policial, testemunhos de terceiros, fotos e vídeos.
O texto também prevê o aumento da multa dos atuais R$ 957,65 para R$ 1.915,30 para motorista flagrado sob efeito de álcool e de outras drogas. Caso o motorista reincida na infração dentro do prazo de um ano, a proposta é duplicar o valor, chegando a R$ 3.830,60, além de determinar a suspensão do direito de dirigir por 12 meses.
Nesta primeira semana, na capital mineira, 691 veículos foram abordados e 39 motoristas embriagados foram multados. Nesse período, 21 motoristas se recusaram a soprar o bafômetro, mas eles só foram punidos administrativamente, uma vez que ainda não há a resolução do Contran. Em São Paulo, onde os legistas já acompanham as blitzes, 274 motoristas foram autuados por embriaguez ao volante no feriadão de Natal. No Rio de Janeiro, somente na noite de Natal, os agentes multaram 223 motoristas e recolheram 75 carteiras. A Seds explica que os pontos autoaplicáveis da lei já estão em vigor, mas que vai aguardar a orientação do Contran para tirar do papel as regras mais rígidas.
Com informações de Paula Sarapu