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Estado de Minas

Acusada de arquitetar a morte do pai, Érika Passarelli vai a júri popular

A mulher está presa desde março de 2012. Ela recebeu a sentença de pronúncia no fim do ano passado pelo homicídio e defesa da ré tenta recurso


postado em 07/01/2013 12:46 / atualizado em 07/01/2013 18:39

Acusada no dia da prisão, quando veio do Rio para Minas Gerais (foto: Renato Weil/EM DA Presss)
Acusada no dia da prisão, quando veio do Rio para Minas Gerais (foto: Renato Weil/EM DA Presss)

A ex-estudante de direito, Érika Passarelli Vicentini Teixeira, de 29 anos, acusada de arquitetar a morte do pai, Mário José Teixeira Filho, de 50, para receber cerca de R$ 1,2 milhão em apólices de seguro, vai a júri popular. Ela recebeu a sentença de pronúncia no fim do ano passado por homicídio qualificado na Comarca de Itabirito, Região Central de Minas, local onde o corpo da vítima foi encontrado. A mulher está presa desde março de 2012, quando foi encontrada pela Polícia Civil de Minas Gerais trabalhando em uma casa de prostituição no Rio de Janeiro.

Visual de Érika Passarelli depois da prisão, durante audiência na Comarca de Itabirito(foto: Reprodução TV Alterosa )
Visual de Érika Passarelli depois da prisão, durante audiência na Comarca de Itabirito (foto: Reprodução TV Alterosa )
Mário José foi executado em agosto de 2010. O corpo foi achado com três tiros às margens da BR-356. Além de Érika, o ex-namorado Paulo Ricardo de Oliveira Ferraz, 19, e o sogro, o cabo da Polícia Militar, Santos das Graças Alves Ferraz, de 47, também respondem pelo crime acusados da execução. Pai e filho que foram presos e liberados por alvará de soltura.

Além do crime contra o pai, Érika responde a vários processos de estelionato por golpes aplicados em lojas de BH. A mulher, que morava no Bairro Belvedere, região centro-sul, fazia fotocópias de cheques e comprava em lojas. O pai da jovem contratou três seguros de vida totalizando R$ 1,2 milhão cuja filha seria a única beneficiária. O plano dos dois era encontrar um corpo para forjar a morte de Mário.

A estudante receberia os seguros e dividiria o dinheiro com o pai. No entanto, enquanto tentavam aplicar esse golpe milionário, eles tiveram um desentendimento e, paralelamente, Érika arquitetou a morte do pai, pedindo ajuda ao namorado e ao sogro.

Foto usada pela polícia nas buscas por Érika Passarelli (foto: Divulgação Polícia Civil )
Foto usada pela polícia nas buscas por Érika Passarelli (foto: Divulgação Polícia Civil )
Os rastros de Érika foram seguidos durante quase dois anos. Até a Polícia Federal ajudou na procura pela mulher. A polícia teve notícias da mulher em Paranaguá (PR), no interior de Minas e na Região Metropolitana de Belo Horizonte, antes de encontrá-la no Rio.

De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o advogado da acusada, Zanone Manuel de Oliveira, entrou com recurso contra a sentença de pronúncia, mas ainda não foi julgado.


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