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Estado de Minas

Pai de criança espancada até a morte em Teófilo Otoni vai responder por abandono de incapaz

O crime foi cometido pela namorada do homem, que foi autuada por homicídio qualificado e está presa. O pai da bebê responderá pelo crime de abandono de incapaz por ter deixado a filha na casa da namorada, sem cuidados


08/01/2013 11:56 - atualizado 08/01/2013 14:31
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O pai de uma criança de um ano e sete meses que foi espancada até a morte pela namorada do homem em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, vai responder por abandono de incapaz. De acordo com o delegado João Augusto Ferraz de Araújo, Valmir Belisário Ferreira, 32 anos, não dava apoio nos cuidados com a bebê.

 

O assassinato aconteceu no dia primeiro de janeiro. Segundo Araújo, responsável pelo inquérito, Jeane Fernandes Mota, de 20 anos, namora com pai da criança, Valmir Belisário Ferreira, 32, há sete meses. Nos últimos dois meses o homem deixou a menina na casa de Jeane para que ela cuidasse, no entanto, a mulher espancava constantemente a enteada. Vizinhos foram ouvidos pela polícia e denunciaram as agressões.

Na virada do ano, Jeane chegou de uma festa bêbada e perdeu a paciência com a menina. De acordo com o delegado, a bebê chorava muito querendo comida e a madrasta bateu na criança até a morte com um pedaço de pau. A Polícia Militar (PM) foi acionada, mas a mulher alegou que a menina havia caído e se livrou da prisão em flagrante.

No entanto, quando o corpo foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) o legista ficou indignado com os sinais de espancamento e repassou a informação para a delegacia. A Polícia Civil recolheu provas, ouviu testemunhas e pediu na Justiça a prisão preventiva de Jeane, documento concedido pelo juiz de plantão em Itambacuri. Ele foi detida em casa e encaminhada ao Presídio de Teófilo Otoni. “Primeiro ela inventou uma história, depois confessou o crime”, relata Araújo sobre o depoimento da suspeita.

O pai da bebê também foi ouvido e autuado por abandono de incapaz. De acordo com o delegado, Valmir não dava apoio nos cuidados com a bebê. O caso chocou a cidade porque a menina tinha saúde frágil e era muito nova. Ela passou por cirurgias pouco depois do nascimento para corrigir má formação em órgãos. “Era uma criança com problemas de saúde que requeria cuidados especiais, em contrapartida tinha cuidado zero”, afirma.

A mãe biológica da bebê não mora na cidade e a polícia ainda apura informações de que ela está em Belo Horizonte. De acordo com o delegado, a mãe pode ser responsabilizada, assim com o pai, por abandono de incapaz. A polícia precisa esclarecer como foi oficializada a guarda da menina para proceder com a investigação. Se Valmir for o único responsável legal pela bebê, a mãe fica livre de acusações.

A polícia está apurando todo o histórico de agressões que a criança passou durante dois meses na casa de Jeane para anexar ao inquérito. A autuação dela por homicídio qualificado se deu por causa do motivo torpe e porque não deu chance de defesa para a vítima, por ser uma criança. Conforme o delegado, também será investigada uma denúncia relacionada à Lei Maria da Penha que Jeane abriu contra o namorado Valmir.


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