Os moradores de Poço Fundo, na Região Sul de Minas Gerais, amanheceram limpando as calçadas e as casas nesta quarta-feira. Isso porque um temporal que caiu durante a madrugada trouxe muita lama da parte alta da cidade. Ninguém ficou ferido.
Segundo a Defesa Civil da cidade, a chuva começou por volta da 0h e durou cerca de uma hora, tempo suficiente para deixar moradores preocupados. A água que desceu da parte alta inundou alguns bairros. Enxurradas chegaram a tapar os passeios das casas. Nas ruas Ferreira de Assis, no Centro, e Benjamim Constant, no Bairro São José, o asfalto foi destruído pela força da água.
Uma oficina mecânica que teve o muro destruído por uma chuva que caiu em Poço Fundo, em 6 de dezembro, foi novamente atingida. Desta vez, o barranco que fica ao lado do imóvel desceu e o local foi tomado pela lama. Ninguém se feriu. A cidade ficou sem energia elétrica por algumas horas mas, segundo os moradores, tudo foi restabelecido nesta manhã.
Mesmo com a forte chuva, a Defesa Civil não registrou ocorrências. “Foi uma chuva forte que durou aproximadamente uma hora e trouxe muita lama. Várias ruas amanheceram tomadas pela terra. Mas, mesmo assim, não fomos comunicados sobre nenhuma ocorrência grave”, explica o coordenador da Defesa Civil do município, Tiago Adelino Ferreira.
Nesta quarta-feira, uma equipe de engenheiros vai até a Rua Liberdade, no Bairro Novo Alvorada, em Sabará, Região Metropolitana de Belo Horizonte, para avaliar a situação de três casas que foram interditadas durante a chuva que caiu na cidade nessa terça-feira. No temporal, o muro de um imóvel caiu e atingiu dois imóveis, que foram interditados por risco de desabamento. Aproximadamente 15 moradores foram retirados e tiveram que seguir para residências de parentes.
Dados da chuva em Minas
Desde o início do período chuvoso, em setembro de 2012, 18 pessoas morreram no Estado. Dessas, seis foram atingidas por raios durante temporais. Ao todo, 13 municípios decretaram situação de emergência por causa dos prejuízos com as precipitações. Neste período, 202 pessoas foram desalojadas e 176 desabrigadas, com 188 casas danificadas e nove destruídas. Além disso, 163 pontes foram danificadas e 36 destruídas.