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Estado de Minas

União de vizinhos contra criminalidade chega às redes sociais


postado em 10/01/2013 06:00 / atualizado em 10/01/2013 07:13

A Polícia Militar começou a testar em novembro a Rede de Vizinhos Protegidos na versão on-line. A comunidade poderá interagir com os moradores mais próximos e a Polícia Militar pela internet. Segundo a PM, a nova ferramenta vai facilitar e dinamizar a comunicação com a comunidade, com o intuito de reduzir ainda mais os índices de criminalidade na capital.

A informatização do projeto busca atingir a população de 17 e 40 anos, que frequenta constantemente as redes sociais e nem sempre tem tempo para participar das palestras na comunidade, que tradicionalmente fazem parte do programa Rede de Vizinhos Protegidos. No ambiente virtual, a comunidade poderá trocar informações com os policiais, interagir com os vizinhos, entrar na seção de denúncias anônimas, participar de fóruns, conferências e videoconferências.

O projeto está sendo conduzido por alunos do Cotemig, que foram orientados pela Polícia Militar. Segundo o comandante do 34º Batalhão da PM, tenente-coronel Idzel Fagundes, o trabalho está paralisado devido às férias escolares e será retomado em frevereiro.

De acordo com militar, o sistema servirá também para alertar a polícia e os vizinhos no caso de alguma ocorrência criminal. “Se uma pessoa percebe a movimentação estranha na casa ao lado, pode usar a internet para alertar a vizinhança e avisar em tempo real a Polícia Militar”, afirma o militar. O sistema on-line entrará na fase de teste inicialmente em Belo Horizonte na área do no 34º BPM.

Solidariedade traz segurança

O comandante de Policiamento da Capital, coronel Rogério Andrade, explica que a rede começa com uma reunião de famílias numa rua ou quarteirão. “Ela é criada a partir de um investimento do capital social de determinado grupo, de relacionamento, de contato e de interatividade.” Segundo ele, o cidadão orientado, treinado e sensibilizado recebe uma placa para sua casa. A partir daí, faz parte de um grupo coeso que vai observar e cuidar da rua. O coronel explica que ideia é expandir a rede para outras questões, como limpeza da rua, iluminação pública e possibilidade de ocupar os espaços públicos, como ruas de lazer. “A comunidade organizada em redes fortes terá mais segurança”, disse.

A primeira rede foi criada no 34º Batalhão da PM, pelo tenente-coronel Idzel Fagundes, na época comandante da 9ª Companhia Especial. Ele percebeu que mais de 80 casas de uma rua perto do Anel Rodoviário eram alvos constantes de arrombamentos e se reuniu com os moradores. Segundo a PM, assaltos, roubos a lojas, prédios e residências e arrombamentos de veículos apresentaram reduções nas áreas com redes.

Segundo o coordenador do grupo de estudos sociopolíticos da PUC Minas e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Robson Sávio, é preciso que os vizinhos sejam solidários uns com os outros para fortalecer os vínculos comunitários. “No caso de violência,os vizinhos poderão acionar a polícia. Essa solidariedade em cidades grandes foi muito reduzida”, disse.
Para participar de uma rede, as famílias podem se inscrever no batalhão da PM mais próximo, que providencia um encontro para definir estratégias e a integração entre os moradores.


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