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Estado de Minas

Ataque de ladrões leva lojistas a pedir mais policiamento na Avenida Paraná

PM mobiliza reforço para garantir segurança na avenida interditada


postado em 18/01/2013 06:00 / atualizado em 18/01/2013 06:42

Mesmo com policiais a cavalo, de bicicletas e de motos, comerciantes se sentem ameaçados(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Mesmo com policiais a cavalo, de bicicletas e de motos, comerciantes se sentem ameaçados (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)

 

O que os comerciantes mais temiam está ocorrendo com o fechamento de parte da Avenida Paraná, no Centro de Belo Horizonte, para obras do transporte rápido por ônibus (BRT). Oito dias depois da interdição de uma das pistas, isolada com tapumes, foi registrado um arrombamento de loja na madrugada de quarta-feira. No ano passado, quando a Avenida Santos Dumont foi totalmente interditada, 16 lojas foram atacadas por ladrões durante a noite.

Para tentar acalmar os lojistas e mostrar que o policiamento foi reforçado, a Polícia Militar promoveu nessa quinta-feira um encontro na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). “O objetivo foi estreitar os laços da PM com os comerciantes e mostrar que estamos com um aporte maior de policiamento”, disse o tenente Júnior Silvano Alves. “Onde a viatura não passa estamos usando bicicletas durante o dia e motos de madrugada. São veículos que conseguem subir no passeio e chegar aonde o ladrão pode ficar escondido esperando para abordar as vítimas ou subir na marquise para arrombar lojas”, salientou.

Segundo o militar, agentes de serviço na madrugada de quarta-feira suspeitaram de um homem a pé carregando bolsas, cintos e calçados. O suspeito foi abordado e um policial descobriu a porta de uma loja arrombada e pediu reforço. O cúmplice ainda estava lá dentro e os dois foram presos. “Estamos atentos aos arrombamentos. No ano passado, a Avenida Paraná teve oito arrombamentos e a Santos Dumont registrou 16”, disse o tenente.

No encontro dessa quinta, comerciantes receberam dicas de segurança e foram orientados a reforçar a segurança interna das lojas para minimizar os riscos de arrombamentos, como pôr grades nas janelas e instalar arames farpados, cercas elétricas, câmeras de segurança e outros equipamentos de proteção. “A PM faz a parte dela e o comerciante deve contribuir com a segurança própria”, afirmou o tenente. Outra orientação da PM é para a criação de uma rede de comerciantes protegidos na área central.

O vice-presidente da CDL, Anderson Rocha, disse que as entidades de classe se uniram e mobilizaram o poder público para buscar soluções durante obras na Savassi e na Santos Dumont. “O objetivo agora é criar um ambiente seguro na Paraná e o maior ponto de atenção é o horário noturno”, afirmou Anderson Rocha. A vice-presidente da Associação Comercial de Minas Gerais (ACMinas), Cláudia Volpini, disse que a PM já alertou a prefeitura sobre podas de árvores e pontos de iluminação para deixar a avenida mais segura. “Ao contrário do que ocorreu na Santos Dumont, a PM desta vez fez um plano preventivo”, disse.

Comerciantes reclamam também de queda nas vendas. “A obra é muito recente para uma análise comparativa. Lojistas comentam que o fluxo de clientes já caiu assustadoramente”, acrescentou Anderson Rocha.

Segundo ele, a queda nas vendas chegou a 70% em alguns setores do comércio da Santos Dumont. “Na Santos Dumont, 21 comerciantes entraram com pedido de indenização, mas a maioria foi indeferida e não houve nenhum caso positivo de indenização. Mas já é um avanço”, afirmou.

Gerente de uma ótica na Paraná, Marcos Vinícius Zenóbio de Lima disse que o movimento de clientes caiu 30%. “Estou preocupado com os arrombamentos, pois a avenida fica deserta de madrugada. Vejo alguns PMs circulando quando fecho a loja, mas não sei se eles ficam a noite toda”, disse.

 


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