Dinheiro já existe, mas o planejamento ainda demora. Apesar do anúncio de R$ 6 milhões por parte do governo federal para o Plano Emergencial do Anel Rodoviário de Belo Horizonte, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou ontem que ainda não tem sequer previsão de quando vai lançar a licitação para início das obras. O plano foi aprovado em reunião realizada na última semana com o governo do estado, mas deve passar por mudanças. Inicialmente, o projeto elaborado pela Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) em parceria com o Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) tinha orçamento de R$ 100 milhões.
De acordo com a assessoria de imprensa do Dnit, os órgãos envolvidos ainda vão discutir quais ações do plano serão ou não executadas, o que deve alterar o valor da primeira versão. A expectativa é de que em fevereiro uma proposta de trabalho seja fechada. Somente após a definição desses detalhes é que o orçamento final poderá ser confirmado para que, enfim, uma licitação seja aberta. Ainda segundo o Dnit, durante todo esse período a verba federal já disponível ficará reservada.
Publicado no Diário Oficial da União de quinta-feira, o investimento destinado às melhorias no Anel foi dividido em três partes. O valor das próximas parcelas não foi estabelecido. Segundo a Setop, apesar de a verba ser federal, ainda não foi definido quem vai executar o plano.
Entre as sugestões da proposta original do DER estão a criação de áreas de escape, baias para embarque de passageiros de ônibus fora das pistas, praças para equipes de socorro, câmeras de vigilância em todo o trecho, faixas exclusivas para veículos de carga, posicionamento de reboques e policiamento 24 horas por dia. O orçamento, segundo a Setop, foi dividido em R$ 50 milhões para obras, R$ 25 milhões para reformas da pista e outros R$ 25 milhões para implantar e manter o sistema de reparos, fiscalização e socorro 24 horas.