O julgamento de seis integrantes da Galoucura na manhã desta quarta-feira foi marcado pelo interrogatório dos réus, declarações surpreendentes dos torcedores e tumulto entre defesa e o juiz que coordena sessão, Glauco Eduardo Soares Fernandes. Foram ouvidos na ordem Cláudio Henrique Sousa Araújo, o Macalé, Eduardo Douglas Ribeiro de Jesus, João Paulo Celestino Souza, Josimar Júnior de Sousa Barros, Marcos Vinícius Oliveira de Melo, o Vinicin, e Windsor Luciano Duarte Serafim.
Três membros da torcida organizada respondem por homicídio qualificado, tentativa de homicídio e formação de quadrilha e outros três apenas por esse último crime. Eles são acusados de envolvimento na morte do cruzeirense Otávio Fernandes, de 19 anos, espancado em frente a um ginásio na Avenida Nossa Senhora do Carmo, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
A sessão começou por volta de 9h com depoimento de Macalé. Ele disse que em 26 anos de torcida organizada já participou de muitas brigas, mas nenhuma foi combinada. Informou que não conhecia Otávio e as outras vítimas de agressão naquele dia e ainda negou que tenha brigado. Na época, Macalé era diretor da torcida e foi questionado pelo promotor Francisco Santiago se não poderia ter evitado a confusão. O réu respondeu que não tinha autoridade para isso e precisava se proteger. A estratégia da acusação é mostrar que Macalé era um torcedor brigão e teve problemas com a polícia.
Quando chegou a vez do advogado de defesa Dino Miraglia Filho fazer as perguntas ao réu, houve uma confusão no 2º Tribunal do Fórum Lafayette. O juiz questionou a forma como o advogado fez uma pergunta e o clima esquentou levando o magistrado a suspender a audiência por cinco minutos. Glauco Eduardo acusou o defensor de condução no depoimento, ameaçou dissolver o conselho de sentença e reportar a situação para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Miraglia se desculpou e a sessão continuou com a finalização do depoimento de Macalé.
O réu Eduardo Douglas, o segundo a prestar depoimento, declarou que não brigou no dia do crime, mas que já se envolveu em vários confrontos de torcida. Em poucos minutos, ele foi liberado pelo juiz sem interrogatório.
O réu João Paulo, terceiro convocado, confessou ter chutado Otávio na Avenida Nossa Senhora do Carmo, mas disse que não se envolveu em briga com outros rivais. O acusado viu fotos do rapaz espancado, mostradas pelo promotor, e se reconheceu nas imagens como um dos agressores. O acusado achou que o cruzeirense tinha acabado de cair e não viu que a vítima sangrava. O advogado do réu tentou provar que João Paulo é uma boa pessoa, participa de ações sociais, doa sangue e é da paz.
O quarto réu a ser ouvido foi Josermar, com depoimento rápido. Depois dele entrou o Vinicim, diretor da caravana da torcida há 13 anos. Ele contou que estava com Willian Tomaz Palumbo, o Ferrugem - também réu no processo, mas que será julgado em outra data. Os dois receberam uma ligação da Polícia Militar avisando que a membros da Máfia Azul iriam ao ginásio e foram orientados a deixar o local para evitar confusão. Vinicim negou agressão a Otávio, mas assumiu que brigou com cerca de 10 pessoas na confusão. O diretor disse que a Galoucura não é uma quadrilha, mas sim uma associação que faz ações para o bem da sociedade. Como outros réus, ele assumiu que já participou de brigas de torcida e responde a processos por isso.
Vinicim pratica artes marciais e disse que brigou naquela ocasião para se defender. Ele afirmou que no encontro de torcidas sempre há brigas, as confusões são inevitáveis. O réu ainda disse que se entregou à polícia porque é inocente e faz muitas ações sociais com a Galoucura. Como professor de muay thai, afirmou que nunca agrediria um homem caído.
O último réu a enfrentar o interrogatório foi Windsor, que é diretor administrativo da academia da torcida e dá aulas como personal trainer. Ele faz parte da Galoucura há 17 anos e se defendeu dizendo que não brigou no dia da morte de Otávio e foi embora no meio da confusão. Windsor estava respondendo ao processo em liberdade, mas foi preso semana passado por tráfico drogas, crime que ele também nega.
Após os interrogatórios, o juiz suspendeu a sessão para intervalo e às 13h50 vai começar a fase de debates entre promotoria e defesa. Em seguida vem o voto dos jurados e a sentença.
Três membros da torcida organizada respondem por homicídio qualificado, tentativa de homicídio e formação de quadrilha e outros três apenas por esse último crime. Eles são acusados de envolvimento na morte do cruzeirense Otávio Fernandes, de 19 anos, espancado em frente a um ginásio na Avenida Nossa Senhora do Carmo, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
A sessão começou por volta de 9h com depoimento de Macalé. Ele disse que em 26 anos de torcida organizada já participou de muitas brigas, mas nenhuma foi combinada. Informou que não conhecia Otávio e as outras vítimas de agressão naquele dia e ainda negou que tenha brigado. Na época, Macalé era diretor da torcida e foi questionado pelo promotor Francisco Santiago se não poderia ter evitado a confusão. O réu respondeu que não tinha autoridade para isso e precisava se proteger. A estratégia da acusação é mostrar que Macalé era um torcedor brigão e teve problemas com a polícia.
Quando chegou a vez do advogado de defesa Dino Miraglia Filho fazer as perguntas ao réu, houve uma confusão no 2º Tribunal do Fórum Lafayette. O juiz questionou a forma como o advogado fez uma pergunta e o clima esquentou levando o magistrado a suspender a audiência por cinco minutos. Glauco Eduardo acusou o defensor de condução no depoimento, ameaçou dissolver o conselho de sentença e reportar a situação para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Miraglia se desculpou e a sessão continuou com a finalização do depoimento de Macalé.
O réu Eduardo Douglas, o segundo a prestar depoimento, declarou que não brigou no dia do crime, mas que já se envolveu em vários confrontos de torcida. Em poucos minutos, ele foi liberado pelo juiz sem interrogatório.
O réu João Paulo, terceiro convocado, confessou ter chutado Otávio na Avenida Nossa Senhora do Carmo, mas disse que não se envolveu em briga com outros rivais. O acusado viu fotos do rapaz espancado, mostradas pelo promotor, e se reconheceu nas imagens como um dos agressores. O acusado achou que o cruzeirense tinha acabado de cair e não viu que a vítima sangrava. O advogado do réu tentou provar que João Paulo é uma boa pessoa, participa de ações sociais, doa sangue e é da paz.
O quarto réu a ser ouvido foi Josermar, com depoimento rápido. Depois dele entrou o Vinicim, diretor da caravana da torcida há 13 anos. Ele contou que estava com Willian Tomaz Palumbo, o Ferrugem - também réu no processo, mas que será julgado em outra data. Os dois receberam uma ligação da Polícia Militar avisando que a membros da Máfia Azul iriam ao ginásio e foram orientados a deixar o local para evitar confusão. Vinicim negou agressão a Otávio, mas assumiu que brigou com cerca de 10 pessoas na confusão. O diretor disse que a Galoucura não é uma quadrilha, mas sim uma associação que faz ações para o bem da sociedade. Como outros réus, ele assumiu que já participou de brigas de torcida e responde a processos por isso.
Vinicim pratica artes marciais e disse que brigou naquela ocasião para se defender. Ele afirmou que no encontro de torcidas sempre há brigas, as confusões são inevitáveis. O réu ainda disse que se entregou à polícia porque é inocente e faz muitas ações sociais com a Galoucura. Como professor de muay thai, afirmou que nunca agrediria um homem caído.
O último réu a enfrentar o interrogatório foi Windsor, que é diretor administrativo da academia da torcida e dá aulas como personal trainer. Ele faz parte da Galoucura há 17 anos e se defendeu dizendo que não brigou no dia da morte de Otávio e foi embora no meio da confusão. Windsor estava respondendo ao processo em liberdade, mas foi preso semana passado por tráfico drogas, crime que ele também nega.
Após os interrogatórios, o juiz suspendeu a sessão para intervalo e às 13h50 vai começar a fase de debates entre promotoria e defesa. Em seguida vem o voto dos jurados e a sentença.