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Estado de Minas

Dois integrantes da Galoucura são condenados pelo assassinato de cruzeirense

Os seis réus foram condenados pelo crime de formação de quadrilha


postado em 31/01/2013 20:59 / atualizado em 31/01/2013 21:44

Depois de dois dias, terminou por volta das 20h40 desta quinta-feira o júri popular de seis dos 12 integrantes da Galoucura acusados na participação do assassinato brutal do torcedor cruzeirense Otávio Fernandes, 19 anos, em novembro de 2010.  Marcos Vinícius Oliveira de Melo, o Vinicin, teve pena estabelecida em 17 anos de prisão em regime fechado por homicídio duplamente qualificado e formação de quadrilha. João Paulo Celestino Souza, o Grilo, foi condenado a 15 anos e 10 meses, também em regime fechado, pelos mesmos crimes. Já Cláudio Henrique Sousa Araújo, o Macalé, foi absolvido do crime de homicídio e condenado a 2 anos de prisão em regime aberto por formação de quadrilha. A mesma pena por formação de quadrilha foi dada aos réus Eduardo Douglas Ribeiro de Jesus, Josimar Júnior de Sousa Barros e Windsor Luciano Duarte Serafim.

A sentença foi proferida pelo juiz do 2º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, Glauco Eduardo Soares Fernandes, com base na votação dos sete jurados, quatro homens e três mulheres, que desde a manhã dessa quarta-feira acompanharam o depoimento de testemunhas, a apresentação de provas, o interrogatório dos réus e o debate entre acusação e defesa. Ao término da sessão, o advogado dos réus afirmou que vai recorrer da decisão. Já o promotor Franciso de Assis Santiago se disse satisfeito com o resultado, ressaltando que o papel do Ministério Público foi cumprido.

Durante o interrogatório realizado na manhã desta quinta-feira no plenário do Fórum Lafayette, todos os réus negaram a agressão contra Otávio, à exceção de Grilo, que admitiu ter dado um chute nas costelas do torcedor rival. Ele, inclusive, se reconheceu em uma foto anexada ao processo atacando a vítima. Uma outra vítima do episódio, Rodrigo Marques de Oliveira, o Beré, afirmou ao júri ao prestar depoimento que não reconhecia nenhum dos acusados como autores das agressões. Ele destacou que a confusão foi generalizada e que sofreu várias sequelas, incluindo transtornos psicológicos.

Otávio foi brutalmente espancado, com chutes, socos, pedaços de pau e até cavaletes, na noite de 27 de novembro de 2010. Ele havia acabado de sair do Chevrolet Hall, onde foi promovido um campeonato de MMA. As imagens da agressão foram registradas pelas câmeras de vigilância da casa de shows e do shopping vizinho. Foi com base neste vídeo que o Ministério Público ofereceu à Justiça denúncia contra os seis integrantes da Galoucura. Além de Otávio, que morreu no local, outros três tocedores do Cruzeiro foram agredidos e sofreram ferimentos graves.



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