Depois de dois dias, terminou por volta das 20h40 desta quinta-feira o júri popular de seis dos 12 integrantes da Galoucura acusados na participação do assassinato brutal do torcedor cruzeirense Otávio Fernandes, 19 anos, em novembro de 2010. Marcos Vinícius Oliveira de Melo, o Vinicin, teve pena estabelecida em 17 anos de prisão em regime fechado por homicídio duplamente qualificado e formação de quadrilha. João Paulo Celestino Souza, o Grilo, foi condenado a 15 anos e 10 meses, também em regime fechado, pelos mesmos crimes. Já Cláudio Henrique Sousa Araújo, o Macalé, foi absolvido do crime de homicídio e condenado a 2 anos de prisão em regime aberto por formação de quadrilha. A mesma pena por formação de quadrilha foi dada aos réus Eduardo Douglas Ribeiro de Jesus, Josimar Júnior de Sousa Barros e Windsor Luciano Duarte Serafim.
Durante o interrogatório realizado na manhã desta quinta-feira no plenário do Fórum Lafayette, todos os réus negaram a agressão contra Otávio, à exceção de Grilo, que admitiu ter dado um chute nas costelas do torcedor rival. Ele, inclusive, se reconheceu em uma foto anexada ao processo atacando a vítima. Uma outra vítima do episódio, Rodrigo Marques de Oliveira, o Beré, afirmou ao júri ao prestar depoimento que não reconhecia nenhum dos acusados como autores das agressões. Ele destacou que a confusão foi generalizada e que sofreu várias sequelas, incluindo transtornos psicológicos.
Otávio foi brutalmente espancado, com chutes, socos, pedaços de pau e até cavaletes, na noite de 27 de novembro de 2010. Ele havia acabado de sair do Chevrolet Hall, onde foi promovido um campeonato de MMA. As imagens da agressão foram registradas pelas câmeras de vigilância da casa de shows e do shopping vizinho. Foi com base neste vídeo que o Ministério Público ofereceu à Justiça denúncia contra os seis integrantes da Galoucura. Além de Otávio, que morreu no local, outros três tocedores do Cruzeiro foram agredidos e sofreram ferimentos graves.