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Estado de Minas FECHADA OUTRA CASA EM BH

Fiscais interditam o Espaço Floresta por não cumprir exigências de segurança

Nem os blocos carnavalescos, como a famosa Banda Mole, escaparam da maratona de vistorias


postado em 03/02/2013 06:00 / atualizado em 03/02/2013 10:50

Homens do Corpo de Bombeiros e fiscais da Prefeitura de Belo Horizonte passaram o sábado vistoriando boates e casas de eventos(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Homens do Corpo de Bombeiros e fiscais da Prefeitura de Belo Horizonte passaram o sábado vistoriando boates e casas de eventos (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)


Na capital, mais uma casa noturna foi interditada ontem e a fiscalização da prefeitura e do Corpo de Bombeiros chegou também aos blocos de carnaval. A estrutura de segurança da Banda Mole, que desfilou pela Avenida Afonso Pena, no Centro, foi vistoriada pela manhã. A pendência era a equipe de brigadistas, que não estava no local. Alertados, os organizadores alegaram que a convocação do grupo ocorreria uma hora antes do desfile, no início da tarde.

Na Região Centro-Sul, fiscais interditaram o Espaço Floresta (antigo Jequitibar), na Avenida Assis Chateaubriand, na noite de sexta-feira. A casa de eventos, cujo estacionamento estava lacrado, ainda anunciava ontem o show Samba do trabalhador para segunda-feira. Segundo os fiscais, havia extintores com o lacre violado. Nenhum responsável foi encontrado para comentar a interdição. O estabelecimento foi ainda multado por descumprir as normas de segurança referentes a incêndio e pânico.

São Pedro

Outra casa noturna fiscalizada e notificada foi o pub Major Lock, no Bairro São Pedro. Agentes constataram que as placas de sinalização para saída de emergência não obedeciam à altura estabelecida de 1,80m. De acordo com o gerente Luiz Carlos Marques, elas haviam sido instaladas a 2,10m, mas ontem mesmo foram adaptadas para cumprir o padrão exigido. Os bombeiros, segundo ele, sugeriram a instalação de dois extintores de incêndio na área externa, na entrada do bar.

Nesse sábado à tarde, fiscais de todas as regionais voltaram às ruas. Na Leste, havia uma lista de 30 estabelecimentos a serem verificados. No Bairro Floresta, a casa noturna Deputamadre expôs em sua porta de vidro o auto de vistoria do Corpo de Bombeiros, válido até abril. O documento foi emitido após vistoria em 2010. Dois militares, de posse do projeto de segurança contra incêndio e pânico, refizeram cálculos de medidas e verificaram os equipamentos disponíveis. Fiscais da prefeitura conferiram a documentação. Segundo o proprietário do estabelecimento, Alexandre Ribeiro, foram constatadas apenas pendências no alvará de funcionamento, e a casa foi notificada por esse motivo. “Já estamos regularizando isso”, afirmou Ribeiro.

A equipe visitou o Recanto da Seresta, no Bairro Floresta, mas o local estava lacrado e ninguém foi encontrado para receber os bombeiros. A Boate Granfinos, no Santa Efigênia, também recebeu vistoria. Por mais de uma hora, fiscais da prefeitura e bombeiros analisaram detalhes referentes a equipamentos de segurança e à documentação. A largura da porta de entrada é inferior aos 2,70m exigidos pela prefeitura. Não havia barra antipânico, que facilita a abertura da porta em caso de emergência. Os funcionários tiveram de retirar a porta para evitar a interdição. Três botijões de gás vazios foram retirados por ordem dos bombeiros.

Um dos funcionários do Granfinos, que pediu para não ser identificado, disse que a empresa já comprou as barras antipânico. No entanto, o fornecedor prometeu entregá-las na quinta-feira. “Fizemos o pedido em 31 de dezembro. Há carência dessa mercadoria, pois vários estabelecimentos estão solicitando as barras”, alegou. Também faltava sinalização de emergência na entrada principal. “Já compramos e vamos instalar. Faremos todas as modificações solicitadas pelos bombeiros”, completou o funcionário.

O Corpo de Bombeiros não divulgou o balanço das vistorias realizadas ontem. Essas informações foram prometidas para amanhã.

Neves

Vistorias em boates em Ribeirão das Neves, na Grande BH, resultaram na apreensão de 45 adolescentes e prisão de 12 adultos, já liberados. De acordo com a delegada Sandra Oliveira, depois da tragédia gaúcha, a polícia vem recebendo denúncias de pessoas preocupadas com casas clandestinas que funcionam na cidade. Na Boate Casarão, no Centro, o proprietário apresentou alvará, mas policiais encontraram menores consumindo álcool e drogas. Foram apreendidos 15 papelotes de cocaína. De acordo com a delegada, como a quantidade era pequena e estava distribuída nos bolsos dos usuários, ninguém foi autuado por tráfico. O dono da Casarão vai responder a processo por infringir o artigo 258 do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Academia


Em Montes Claros, uma casa de shows que funcionava com o alvará concedido a uma academia de dança de salão foi interditada na noite de sexta-feira. O Núcleo de Dança Zirleide Souza descumpriu medidas de prevenção contra incêndio. Não havia extintores, sinalização e saída de emergência. O Ministério Público determinou o fechamento temporário de outras 17 boates e casas de shows, que só poderão voltar a funcionar quando se adequarem às exigências legais.


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