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Estado de Minas

Temor aumenta com a folia em Ouro Preto


postado em 03/02/2013 06:00 / atualizado em 03/02/2013 07:34

Centro Acadêmico da Escola de Minas fechou e se adequa a exigências dos Bombeiros (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Centro Acadêmico da Escola de Minas fechou e se adequa a exigências dos Bombeiros (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)


Cidade universitária tradicional pelos carnavais agitados, Ouro Preto tem motivos em dobro para estar em alerta depois da tragédia no Rio Grande do Sul. Na quarta-feira, autoridades civis e militares se reuniram para discutir as condições de segurança da cidade, na Região Central do estado, que teve um dos principais espaços de festas, o Centro Acadêmico da Escola de Minas, notificado pelo Corpo de Bombeiros para que faça readequações. A menos de uma semana da folia, das mais de 300 repúblicas estudantis do município, 92, menos de um terço, têm regularizado o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), que certifica as condições de prevenção de incêndio. Outras 15 receberam notificação em algum item que deve ser readequado, como validade, localização e número de extintores de incêndio, sinalização de saídas de emergência e altura de corrimãos.


Segundo o tenente Márcio Toledo, da 3ª Companhia de Bombeiros de Ouro Preto, depois da tragédia em Santa Maria (RS), a corporação tem recebido denúncias sobre locais com problemas de segurança, principalmente moradias estudantis. “Nem toda república precisa do AVCB, mas todas as que fazem festas abertas devem ter”, afirmou o militar. Uma outra preocupação da corporação é o número de casas históricas que não têm o AVCB, segundo o tenente, em torno de 65% delas.


O secretário de Cultura de Ouro Preto, Jarbas Avelar, faz coro com a preocupação dos militares e assegura que a prefeitura está mais atenta com a prevenção de incêndios desde 2005. Com o susto que a tragédia de Santa Maria causou, a secretaria convocou uma reunião na quarta-feira com a Defesa Civil, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros para avaliar como estão as condições da cidade para receber o carnaval com segurança. Segundo Jarbas Avelar, foi acordado que os blocos não poderão reunir mais que 400 pessoas cada e que a folia deve ser descentralizada este ano, com vários palcos, cumprindo determinação do Ministério Público para preservar o Centro Histórico. Das repúblicas que realizam festas é exigido um alvará expedido pela prefeitura, além do AVCB e de um documento de responsabilidade da Vigilância Sanitária.


O Centro Acadêmico da Escola de Minas, ou simplesmente Caem, como os estudantes o conhecem, é uma das únicas casas de shows da cidade, localizada na Praça Tiradentes e com amplo espaço interno, que recebe artistas locais e nacionais. Antigo fórum da cidade, o prédio já sofreu um incêndio no fim da década de 1940, antes de passar a pertencer à Escola de Minas. Seu espaço passa atualmente por obras e o casarão só deve reabrir na terça-feira de carnaval. Além de reformas no telhado, que estava com goteiras, o Corpo de Bombeiros notificou a agremiação estudantil, que passa por readequações. Um dos funcionários do lugar informou que os extintores de incêndio estavam sendo recarregados.


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