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Estado de Minas

Quase 50 casas noturnas são fechadas em Minas

Levantamento do EM indica que quase meia centena de casas noturnas mineiras foram fechadas desde que tragédia em boate do Rio Grande do Sul deflagrou onda de fiscalizações


postado em 04/02/2013 06:00 / atualizado em 04/02/2013 07:15

Paula Sarapu

(foto: Maria Tereza Correia/EM/D.A Press)
(foto: Maria Tereza Correia/EM/D.A Press)

Pelo menos 48 estabelecimentos foram interditados pelo Corpo de Bombeiros em Minas Gerais, desde o incêndio numa boate no Rio Grande do Sul que matou 237 jovens. Na capital mineira, permanecem lacrados a casa noturna Up (Savassi) e o Espaço Floresta (antigo Jequitibar), além da Boate dDuck e do Bar Al Capone, ambos na Savassi, interditados no sábado. Uma casa de festas infantis no Bairro Belvedere, Região Centro-Sul de BH, foi interditada na sexta, mas conseguiu atender as exigências a tempo de nova vistoria no sábado, o que permitiu a reabertura. Hoje, a Prefeitura de Belo Horizonte e a assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros – que se recusaram a passar informações sobre os espaços públicos vistoriados durante o fim de semana – devem fazer um balanço oficial.

Levantamento feito pelo Estado de Minas indica que Montes Claros teve o maior número de casas noturnas  fechadas, 18 no total, a pedido do Ministério Público. Entre elas, um salão de dança que funcionava como academia. Em Contagem, na Região Metropolitana de BH, foram pelo menos duas interdições. A Banda Mole da cidade, que desfilou na tarde de ontem, também passou por vistorias dos bombeiros. Em Nova União, Região Central do estado, um evento de carnaval foi suspenso por questões de segurança.

Na madrugada de ontem, em Frutal, no Triângulo, a casa de festas Guarnieri Eventos foi fechada pela segunda vez em menos de cinco dias. O estabelecimento havia sido vistoriado durante a semana e, por causa da falta do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), acabou lacrado. Segundo a corporação, o proprietário havia desobedecido a interdição, permitindo a realização de uma festa de formatura. Em Araguari, também no Triângulo, seis estabelecimentos variados foram fechados em ações conjuntas dos bombeiros e da Vigilância Sanitária.

No Sul de Minas, de acordo com as unidades e batalhões do Corpo de Bombeiros, pelo menos 13 casas noturnas foram interditadas por falta de documentos ou pelo não cumprimento das exigências do plano de segurança contra incêndio e pânico: cinco em Pouso Alegre, quatro em Cambuí, e, na madrugada de ontem, duas em Alfenas e duas em Lavras – Paddocy e Bonanza. Em Juiz de Fora, na Zona da Mata, uma boate também foi fechada.

AGITO UNIVERSITÁRIO

Como o EM mostrou ontem, cidades universitárias mineiras, como Alfenas, Lavras Viçosa e Ouro Preto, estão em alerta depois do incêndio na Boate Kiss, no município gaúcho de Santa Maria, onde também é grande o público de estudantes. Durante a última semana, equipes de reportagem visitaram boates e casas noturnas nesses municípios, mostrando a insegurança de estudantes com a falta de equipamentos de prevenção e combate a incêndios e estruturas de fuga. Autoridades chegaram a se reunir para traçar uma rotina mais intensa de fiscalização. Em Viçosa, por exemplo, duas casas noturnas que estavam sem o auto de vistoria dos Bombeiros haviam sido fechadas na sexta-feira.

Às vésperas do carnaval de Ouro Peto, apenas 92 das 300 repúblicas estudantis têm o auto de vistoria emitido pela corporação. Outras 15 foram notificadas para se readequar às exigências, como validade da vistoria dos Bombeiros, número de extintores de incêndio e sua distribuição do ambiente.


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