O corpo da empresária será liberado na desta sexta-feira do Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte pela mãe dela, Silvia Perotti, que chegou ontem à capital e está providenciando as documentaçõesO bebê foi salvo em uma cesárea feita pelos médicos do Hospital João XXIII e está internado em estado grave na Maternidade Júlia Kubitschek
Crime
Segundo a polícia, no último domingo, Valeria e José Antônio saíram de casa, à tarde, no Bairro Nova Gameleira, para fazer comprasNa Rua Monte Simplon, no Bairro Prado, duas pessoas, uma delas uma subtenente da Polícia Militar, viram o momento em que o motorista do carro segurou Valeria pelo pescoço e a atingiu com dois tirosEm seguida, ele jogou o corpo para fora do carro e fugiu.
Já na região de Contagem, José Antônio ligou para a Polícia Militar, disse que havia sido assaltado por dois homens e que os ladrões haviam matado sua mulherA PM foi até o local onde José estava, viu que ele estava com as roupas sujas de sangue e achou que a versão apresentada por ele, de que havia sido aprisionado no porta-malas do carro, era mentirosaO compartimento estava cheio de ferramentas e não cabia um homemAs testemunhas reconheceram José Antônio como o homem que atirou contra Valeria e jogou o corpo para fora
Entendimento da Justiça
Mesmo com a autuação por homicídio feita pela Polícia Civil, o juiz entendeu que não existe uma versão dos fatos que justifique a suspeita sobre JoséO magistrado afirma que nos documentos anexados ao processo não há provas de desentendimento entre o marido e a empresária que possa ter motivado um crimeNem mesmo o filho da vítima foi ouvido para confirmar uma briga, afirma o juizAlém disso, a arma do crime não foi encontrada e não foram feitos testes de pólvora em José
Para o magistrado, muita coisa precisa ser esclarecida, pois só há elementos que indique José como vítima de latrocínio e não autor de homicídioCom esse entendimento, Carlos Roberto Loyola concedeu alvará de soltura levando em conta que o técnico em eletrônica é réu primário, trabalha e tem residência fixaO acusado fica proibido de sair de BH, precisa comparecer em juízo sempre que intimado e deve ser recolher diariamente em casa após as 22h sem frequentar bares ou casas noturnas