Uma cuidadora de idosos de 42 anos, que preferiu não se identificar, afirma que não tem como consumir a água“Tem um gosto e um cheiro forteParece de esgoto e com barroQuando bebe sente um forte amargor na boca”, dizA mulher conta que algumas pessoas na cidade chegaram a passar mal“No hospital alguns moradores chegaram com vômito e diarreiaMas ainda não é possível dizer que foi por causa da águaAqui em casa ninguém apresentou algum sintoma”, revela
Como a água que chega nas casas está ruim, a corrida dos moradores é pela água mineral“Está complicado os afazeres domésticosTemos que comprar água até para lavar os utensílios domésticos e fazer comidaAlém disso, já está acabando a água mineral nas distribuidorasO galão de 20 litros já não acha maisAgora, só garrafinhas no supermercado”, reclama a cuidadora
Quem também está tendo problemas para comprar o produto, é a doméstica Ângela Maria Martins, de 50 anos“Para lavar roupa até conseguimos, mas para o consumo não estamos arriscandoA água mineral quando chega no comércio já acaba muito rápido”, dizSegundo ela, não foi feito nenhum comunicado por parte da prefeitura da cidade
Em nota, a Copasa informou que o aumento do nível do Lago de Furnas, na última segunda-feira, provocou a movimentação de matéria orgânica localizada às margens do manancial, ocasionando alterações no aspecto da águaA companhia afirma que o processo de tratamento foi adequado para garantir a qualidade da água destinada ao consumo da populaçãoAlém disso, a empresa realizou a limpeza das redes que compõem o sistema de abastecimento de água da cidade.
A Companhia esclarece que a água distribuída em Carmo do Rio Claro (MG), atende aos padrões de potabilidade exigidos pelo Ministério da Saúde, o que pode ser comprovado pelo resultado das dezenas de análises químicas realizadas rotineiramente ao longo do dia na Estação de Tratamento Água da cidade.