Aos prantos, tão logo reconheceu o corpo da filha no Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte, a mãe da empresária argentina Maria Silvina Valéria Perotti, de 33 anos – assassinada com dois tiros domingo no Bairro Calafate, Região Oeste da capital –, tomou conhecimento da libertação do genro, o técnico em eletrônica José Antônio Mendes de Jesus, de 32, principal suspeito do crime, segundo a polícia. “É muito mal para mim. Se é que foi ele. Não acho que ele é capaz, mas tenho de ver a cara dele. Se foi ele, tem que pagar”, disse Sílvia Perotti, salientando que confia na Justiça.
A delegada da Homicídios Elenice Batista afirmou ter ratificado a prisão em flagrante do suspeito com base em depoimentos de testemunhas. No entanto, o juiz de plantão na Vara de Habeas Corpus e Medidas Urgentes do Fórum Lafayette, Carlos Roberto Loiola, concedeu a liberdade provisória ao técnico em informática por acreditar que a prisão dele não tinha fundamento em qualquer prova ou indício de autoria ou participação na morte da companheira. “Muita coisa precisa ser esclarecida”, disse o magistrado.
Para o juiz, não há uma segunda versão ou história para justificar a suspeita de que o técnico em informática seja o autor do crime. Ele aponta problemas no auto de prisão em flagrante da Polícia Civil. “Não existe nenhuma prova possível de desentendimento entre o autuado e a vítima fatal, sua companheira, para dar indício de que ele foi o autor do disparo”, ressalta. Ele diz ainda que nem o filho mais velho da vítima foi ouvido.
Carlos Loiola alega que a arma do crime não foi localizada para possível vinculação com o possível réu. “O teste de pólvora nas mãos do autuado não foi feito, mesmo porque ele diz que sua mão estava próxima da arma quando aconteceu o disparo”, completa o magistrado. Na decisão juiz ainda considera que José Antônio é primário e tem residência fixa. O suspeito não precisou pagar fiança, mas não pode se ausentar da capital e deve se recolher em casa até as 22h, ficando à disposição da polícia e da Justiça.
Versões
Para a polícia, José Antônio disse que ele e a mulher estavam a caminho do supermercado e o Gol que ele dirigia foi fechado por dois homens numa moto. Segundo ele, Valéria foi baleada e jogada para fora do carro e um dos ladrões teria seguido com ele no carro, acompanhado de um segundo assaltante de moto. José Antônio sustenta que foi abandonado com o veículo na BR-040, em Contagem, Grande BH, e chamou a polícia.
Duas testemunhas disseram à Polícia Militar que havia duas pessoas no carro quando Valéria foi baleada e jogada na rua. Uma delas garantiu ter visto José Antônio pegar a arma na parte traseira do carro. Outra testemunha disse que o suspeito pegou Valéria pelo pescoço, encostou a arma no queixo dela, disparou dois tiros e fugiu.
Avó chama bebê de Santiago
A empresária Maria Silvina estava grávida de sete meses e os médicos conseguiram, em parto emergencial, salvar o bebê, que está em estado grave na UTI neonatal do Hospital Júlia Kubitschek, no Barreiro. “Vou lutar pela guarda do meu neto e já escolhi o nome dele: Santiago. Ninguém vai ficar com ele, só eu. Minha filha adorava meu neto”, disse ontem a mãe dela, Silvia Perotti, que chegou à capital na noite de quinta-feira.
Na tarde de ontem, ela esteve na Delegacia de Homicídios conversando com a delegada Elenice. Ela foi resolver questões burocráticas para liberação do corpo da filha no IML e será ouvida posteriormente no inquérito. Silvia pretendia conhecer o neto no hospital ainda ontem.
Por volta das 9h de domingo, antes do crime, Silvia disse ter telefonado da Argentina para filha em Belo Horizonte e conversado também com o neto mais velho, Lucas, do primeiro casamento da vítima. “Falaram para mim que todos estavam bem. Minha filha disse que ia cobrar um dinheiro, pois ela estava afastada pelos médicos da clínica onde trabalhava”, contou a mãe.
O neto mais velho está com o pai em Itu (SP). “Vivi cinco anos no Brasil pela minha filha e o meu neto”, disse. Ela havia retornado a Buenos Aires em dezembro para ficar com outro filho, que estava doente. Ontem, ela chegou ao IML amparada por um casal de amigos de Contagem, na Grande BH, com quem está hospedada, e do cônsul adjunto da Argentina, Mariano Andrés Guida.
A delegada da Homicídios Elenice Batista afirmou ter ratificado a prisão em flagrante do suspeito com base em depoimentos de testemunhas. No entanto, o juiz de plantão na Vara de Habeas Corpus e Medidas Urgentes do Fórum Lafayette, Carlos Roberto Loiola, concedeu a liberdade provisória ao técnico em informática por acreditar que a prisão dele não tinha fundamento em qualquer prova ou indício de autoria ou participação na morte da companheira. “Muita coisa precisa ser esclarecida”, disse o magistrado.
Para o juiz, não há uma segunda versão ou história para justificar a suspeita de que o técnico em informática seja o autor do crime. Ele aponta problemas no auto de prisão em flagrante da Polícia Civil. “Não existe nenhuma prova possível de desentendimento entre o autuado e a vítima fatal, sua companheira, para dar indício de que ele foi o autor do disparo”, ressalta. Ele diz ainda que nem o filho mais velho da vítima foi ouvido.
Carlos Loiola alega que a arma do crime não foi localizada para possível vinculação com o possível réu. “O teste de pólvora nas mãos do autuado não foi feito, mesmo porque ele diz que sua mão estava próxima da arma quando aconteceu o disparo”, completa o magistrado. Na decisão juiz ainda considera que José Antônio é primário e tem residência fixa. O suspeito não precisou pagar fiança, mas não pode se ausentar da capital e deve se recolher em casa até as 22h, ficando à disposição da polícia e da Justiça.
Versões
Para a polícia, José Antônio disse que ele e a mulher estavam a caminho do supermercado e o Gol que ele dirigia foi fechado por dois homens numa moto. Segundo ele, Valéria foi baleada e jogada para fora do carro e um dos ladrões teria seguido com ele no carro, acompanhado de um segundo assaltante de moto. José Antônio sustenta que foi abandonado com o veículo na BR-040, em Contagem, Grande BH, e chamou a polícia.
Duas testemunhas disseram à Polícia Militar que havia duas pessoas no carro quando Valéria foi baleada e jogada na rua. Uma delas garantiu ter visto José Antônio pegar a arma na parte traseira do carro. Outra testemunha disse que o suspeito pegou Valéria pelo pescoço, encostou a arma no queixo dela, disparou dois tiros e fugiu.
Avó chama bebê de Santiago
A empresária Maria Silvina estava grávida de sete meses e os médicos conseguiram, em parto emergencial, salvar o bebê, que está em estado grave na UTI neonatal do Hospital Júlia Kubitschek, no Barreiro. “Vou lutar pela guarda do meu neto e já escolhi o nome dele: Santiago. Ninguém vai ficar com ele, só eu. Minha filha adorava meu neto”, disse ontem a mãe dela, Silvia Perotti, que chegou à capital na noite de quinta-feira.
Na tarde de ontem, ela esteve na Delegacia de Homicídios conversando com a delegada Elenice. Ela foi resolver questões burocráticas para liberação do corpo da filha no IML e será ouvida posteriormente no inquérito. Silvia pretendia conhecer o neto no hospital ainda ontem.
Por volta das 9h de domingo, antes do crime, Silvia disse ter telefonado da Argentina para filha em Belo Horizonte e conversado também com o neto mais velho, Lucas, do primeiro casamento da vítima. “Falaram para mim que todos estavam bem. Minha filha disse que ia cobrar um dinheiro, pois ela estava afastada pelos médicos da clínica onde trabalhava”, contou a mãe.
O neto mais velho está com o pai em Itu (SP). “Vivi cinco anos no Brasil pela minha filha e o meu neto”, disse. Ela havia retornado a Buenos Aires em dezembro para ficar com outro filho, que estava doente. Ontem, ela chegou ao IML amparada por um casal de amigos de Contagem, na Grande BH, com quem está hospedada, e do cônsul adjunto da Argentina, Mariano Andrés Guida.
técnico quer lutar pela guarda
Em liberdade, o técnico em eletrônica José Antônio Mendes de Jesus jura inocência e decidiu lutar pela guarda do filho recém-nascido. Para isso, pretende convidar a sogra para morar com ele. “Meu filho está muito abalado, chora muito e recebe acompanhamento psicológico. Ele está muito preocupado com o bebê, que está no hospital, mas não pode visitá-lo por não haver nenhum documento provando a sua união civil com a mãe da criança e nem de paternidade”, disse ontem o pai do suspeito, o empresário José Antônio de Jesus, de 60. Para o empresário, culpado ou inocente, o filho tem direito à defesa.
Em liberdade, o técnico em eletrônica José Antônio Mendes de Jesus jura inocência e decidiu lutar pela guarda do filho recém-nascido. Para isso, pretende convidar a sogra para morar com ele. “Meu filho está muito abalado, chora muito e recebe acompanhamento psicológico. Ele está muito preocupado com o bebê, que está no hospital, mas não pode visitá-lo por não haver nenhum documento provando a sua união civil com a mãe da criança e nem de paternidade”, disse ontem o pai do suspeito, o empresário José Antônio de Jesus, de 60. Para o empresário, culpado ou inocente, o filho tem direito à defesa.