Jornal Estado de Minas

Boato de toque de recolher faz comerciantes baixarem as portas em BH

O clima de insegurança aconteceu depois da morte de um traficante do Bairro Vila Pinho

João Henrique do Vale
O assassinato de um traficante de drogas na região do Barreiro, na manhã desta terça-feira, levantou o medo e a insegurança de moradores do Bairro Vila Pinho, que estão com medo de retaliação
No final da tarde, comerciantes da Avenida Perimetral, uma das principais do bairro, fecharam as portas depois de um boato de toque de recolherA Polícia Militar (PM) afirma que um bêbado provocou a desordem

O clima de tensão no bairro começou depois da morte de André Luiz Matias, 30 anos, apontado com um dos principais traficantes da regiãoSegundo a PM, ele estava em frente a um supermercado no Bairro Lindéia, dentro de um Fiat StiloO homem foi surpreendido por um rival armado que passou por um Fiat Uno e parou na esquinaO criminoso desceu armado do veículo e atirou quatro vezes contra André, que morreu na hora“Câmeras de segurança do centro de compras filmaram tudoO André tentou até dar marcha a ré, mas não deu tempoEle era irmão de um outro traficante da região, que está preso por homicídio”, afirma o tenente-coronel André Leão, comandante do 41º Batalhão da Polícia Militar

A ocorrência aconteceu às 12h
De acordo com o comandante, por volta das 16h30, um homem passou até um comércio e mandou fechar as portas“Um homem embriagado foi até o comércio e o dono ficou com medo e baixou as portasOs outros comerciantes também decidiram fazer o mesmoMas não tinha porque, pois se tratava de um boato”, explica Leão“Cheguei a conversar com algumas pessoas que disseram que só abaixaram as portas por ver os outros fazendo issoNão tinha necessidade dissoNo momento já havia militares aqui na região”, disse o comandante

Para evitar qualquer conflito e manter a segurança dos comerciantes, a PM pretende aumentar o efetivo na região“Vamos deixar uma viatura aqui durante a noite e de manhã estaremos presenteFaremos isso até que tudo seja resolvido”, afirmou Leão