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Estado de Minas

Praga se espalha em árvores de Belo Horizonte

Fungo que ameaça árvores em Santa Efigênia ataca em outros locais. PBH cria grupo e moradores protestam


postado em 20/02/2013 06:00 / atualizado em 20/02/2013 06:42

A praga que ameaça matar os fícus da Avenida Bernardo Monteiro, no Bairro Santa Efigênia, Região Leste de Belo Horizonte, foi detectada em árvores da mesma espécie na Avenida Barbacena, no Santo Agostinho, e na Praça da Boa Viagem, no Centro-Sul. A informação, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), foi divulgada ontem depois de reunião entre representantes da pasta e da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil. Foi criado um grupo de trabalho para combater a mosca-branca-dos-fícus (Singhiella sp.) e o fungo Lasioduplodia theobromae, que costuma se disseminar nas fezes do inseto. Uma manifestação popular à noite exigiu explicações da administração municipal.


O grupo de trabalho, que terá tmbém representantes da Regional Centro-Sul, da Secretaria Municipal de Saúde e da Superintendência de Limpeza Urbana, estuda a possibilidade de aplicar nas árvores um inseticida fabricado no Rio Grande do Sul e aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Técnicos da SMMA vão avaliar se esse produto seria eficaz. A utilização dele seria muito difícil, pelo fato de os fícus serem muito altos e o pesticida ter de ser aplicado de cima para baixo”, diz a gerente de Gestão Ambiental da pasta, Márcia Mourão.

O inseticida serviria para matar a mosca, mas o fungo é um desafio à parte. Para exterminá-lo, os fícus passarão a receber um adubo especial, aplicado a cada três meses. O objetivo é fortalecer o sistema imunológico das árvores. “A adubação vai aumentar a resistência das plantas. Temos de dar condições para que consigam vencer o fungo”, diz Márcia. Segundo ela, um dos 53 exemplares enraizados na Bernardo Monteiro já foi suprimido e outros poderão ter o mesmo destino. Novas podas também podem ser feitas. “Técnicos da SMMA vão monitorar essas árvores semanalmente, para acompanhar sua evolução”, acrescenta.

O grupo deve se reunir hoje  com representantes das regionais que ainda não registraram a presença da praga. A Defesa Civil considera o risco de um desastre ambiental. “As plantas estão morrendo, o que pode causar danos humanos e materiais. As árvores podem cair e atingir pessoas, carros. Temos de diminuir ao máximo o perigo de isso ocorrer”, diz o coordenador do órgão, coronel Alexandre Lucas.

PROTESTO Dezenas de pessoas participaram ontem à noite de um encontro em defesa dos fícus na Avenida Bernardo Monteiro. O grupo foi convocado via redes sociais. O professor Cássio Martinho destacou a importância da transparência da administração pública em relação à contaminação. Já a arquiteta Natacha Rena comemorou o engajamento dos moradores. “Estão aqui pessoas de várias partes da cidade, de vários segmentos, cobrando posições da prefeitura não só em relação aos fícus, mas de sua política urbana em relação à preservação ambiental.”


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