A Justiça manteve a decisão de mandar a júri popular o líder da quadrilha conhecido como Bando da Degola, que assassinou brutalmente dois empresários em um apartamento do Bairro Sion, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, em abril de 2010O desembargador Manuel Bravo Saramago, 3º vice-presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e superintendente da Assessoria de Gestão da Inovação (Agin), negou recurso impetrado pela defesa do ex-estudante de Direito Frederico Flores, que pedia a anulação da sentença de pronúncia do réu, em julho de 2011, que determinou o júriA decisão foi publicada nesta quinta-feira
De acordo com o TJMG, Frederico Flores alegou que sua defesa foi cerceada por não ter sido autorizado a apresentar laudos suplementares ao perito que analisaria suas condições mentais e as possíveis consequências da permanência na prisão para a sua saúdeEsse pedido já havia feito anteriormente e negado
O desembargador Manuel Saramago afirma que a alegação da defesa de que a sentença de pronúncia é ilegal não prossegue e que as supostas violações cometidas por ela exigiriam uma nova análise das provas“Para a reforma do acórdão, seria necessário proceder ao reexame dos fatos, providência que não se amolda aos estreitos limites do recurso especial, a teor da orientação contida no verbete 7 da súmula do Superior Tribunal de Justiça (STJ)”, considerou.
Ao todo, oito pessoas respondem pelo assassinato dos empresários Fabiano Ferreira Moura, de 36 anos, e Rayder Santos Rodrigues, de 39De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público, os oito sequestraram e extorquiram os empresáriosApós fazer saques e transferências de valores das contas deles, o grupo os assassinou e transportou os corpos no porta-malas do carro de uma das vítimas para a região de Nova Lima, onde foram deixados sem as cabeças.
Frederico Flores, apontado como líder do grupo, está presoNa mesma situação, estão os cabos da PM Renato Mozer, já condenado, e André Bartolomeu, que ainda aguarda o júri, e o garçom Adrian Grigorcea também está detido aguardando a JustiçaA médica Gabriela Costa, o advogado Luiz Astolfo e o pastor evangélico Sidney Beijamin respondem o processo em liberdade