Policiais da delegacia de Bom Despacho, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais, estão próximos de resolver o caso do desaparecimento do administrador de empresas Flávio Assis Luciano, 35 anos. Bilhetes e fotografias apreendidas na casa de um homem, que não teve o nome revelado, e que supostamente mantinha uma relação homoafetiva com Flávio, poderão ajudar nas investigações. O material foi apreendido na manhã desta quinta-feira. Para o delegado Ivan José Lopes ele é o principal suspeito do crime. Um adolescente, que também pode ter envolvimento no sumiço, acabou apreendido.
Nesta manhã, os policiais cumpriram dois mandados de busca e apreensão. O primeiro foi na casa do principal suspeito. Segundo as investigações, ele seria a última pessoa a ter contato com o administrador de empresas. “Na residência arrecadamos anotações singelas e fotografias que serão analisadas”, afirma o delegado. Esse homem já foi interrogado por várias vezes e nega o crime. “Ele nega, mas é tratado com o principal suspeito. Há indício de que ele, se não cometeu, sabe de muita coisa”, conta Ivan Lopes.
Logo depois de sair do imóvel, os policiais foram até a casa de um adolescente de 17 anos que seria colega do administrador. “Esse menor já foi visto por várias vezes na companhia do Flávio. Com ele , encontramos algumas porções de crack e R$ 705. Tem comprovada o envolvimento do adolescente com o tráfico de drogas”, diz o delegado. Em janeiro deste ano, o garoto foi apreendido dirigindo o carro da vítima.
De acordo com Ivan Lopes, a polícia trabalha com duas linhas de investigação. O de crime passional ou relacionado com envolvimento com drogas.
O administrador de empresas saiu de casa no dia 19 de fevereiro, no início da noite. Por volta das 22h do mesmo dia, Flávio foi visto com amigos na Praça do Rotariano, no Bairro São Vicente. Ele estava de bermuda cinza, camiseta branca e tênis. Ele saiu do local em seu carro, um Gol prata, placa HLG-6827.
Funcionários de um posto de combustível acionaram a família depois que viram a foto do desaparecido. Os frentistas dizem ter visto Flávio passando pelo comércio no banco de trás do veículo dele com outros dois homens na frente. O carro de Flávio foi encontrado por um fazendeiro em vala do Bairro Arraial do Lobos. O automóvel estava queimado e como um corpo carbonizado dentro. Um exame de DNA foi feito nos restos mortais para confirmar a identidade, mas o laudo ainda não ficou pronto.