Jornal Estado de Minas

Depois do inseticida, placa colante será usada para tentar frear efeito da doença nas árvores

Flávia Ayer
Na Avenida Bernardo Monteiro, vários exemplares definharam por causa do ataque dos insetos - Foto: Leandro Couri/EM/D.A Press
Comuns na agricultura, armadilhas contra moscas serão a próxima aposta da prefeitura para tentar controlar a praga que ameaça matar os fícus de Belo HorizontePlacas colantes funcionarão como tratamento complementar à aplicação de inseticida, que começou na segunda-feiraEsse foi um dos resultados da reunião, ontem, do grupo de trabalho formado pelo poder público na tentativa de combater a mosca-branca-do-fícus (Singhiella sp.)O inseto está fazendo definhar as árvores das avenidas Bernardo Monteiro, no Santa Efigênia – onde já há indicação de quatro supressões –, Barbacena, no Santo Agostinho, e nos arredores da Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, no Centro.

A gerente de Gestão Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), Márcia Mourão, explica que as peças medem de 20cm a 30cm e são uma espécie de adesivo em que as moscas ficam presasA cor amarela funciona como atrativo para os insetos“A agricultura usa muito esse mecanismo para verificar a infestação e capturar moscasVamos usar como tratamento paraleloA partir do momento da aquisição, deve levar de 10 a 12 dias para instalarmos as armadilhas nas árvores”, afirma.

Resultados

Ainda não há conclusão sobre a aplicação do inseticida natural de extrato de nim iniciada ontemA expectativa é de que o resultado saia em 10 diasEstão sendo feitos dois testes com o produtoO primeiro avalia o impacto do pesticida orgânico na própria árvore, e o segundo analisa a ação do nim sobre a mosca
Nas avaliações, oito ramos de fícus foram isolados em recipientes plásticosEm quatro deles, o nim foi aplicado, para efeito comparativo.

Apesar de não haver conclusão preliminar sobre a efetividade do produto, técnicos estão confiantes e já planejam a aplicação em todas as árvores“Provavelmente ele será aplicado no domingo, quando há menor movimentação de pessoas no localUsaremos caminhões para alcançar uma altura de quase 20 metros”, explica MárciaDa reunião do grupo de trabalho participaram três representantes do movimento Fica Fícus, criado para defender a preservação das árvores.