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Estado de Minas

Agentes de saúde combatem à infestação da dengue em colégio no Bairro Sion


postado em 08/03/2013 08:25

Homens vestidos de branco parecendo astronautas estão espalhados pelas ruas de Belo Horizonte. O batalhão faz dedetizações em regiões com alto índice de casos confirmados e suspeitos de dengue. A Região Centro-Sul não lidera o ranking de incidência, mas todos os dias agentes da Secretaria Municipal de Saúde entram em casas, prédios, lojas e escolas para fazer a pulverização e tentar matar o mosquito que está transmitindo a doença. Ontem pela manhã as aulas no Colégio Santa Dorotéia, no Sion, começaram somente às 10h, com três horas de atraso, devido à ação. Na quarta-feira, os agentes estavam no Bairro Santo Antônio e hoje chegam ao Anchieta.

Segundo a diretora administrativa do colégio, Zuleica Reis Ávila, a escola tem 3,5 mil alunos, 320 funcionários e uma área verde muito extensa que fica bem no meio do Sion, entre as ruas Califórnia, Chicago, Assunção e Venezuela. Por isso, precisou receber os agentes contra a dengue. “Para as famílias, sabemos que não abrir o colégio no horário normal é um transtorno, mas ao mesmo tempo não poderíamos omitir o que a comunidade está pedindo, que é controlar a dengue.” Antes disso, diante dos casos crescentes no entorno e dois confirmados dentro da escola – um aluno e um professor –, a direção decidiu colocar repelentes na tomada de cada uma das salas. “É uma prevenção contra o pernilongo”, afirmou.

A ação da prefeitura, segundo Zuleica, foi informada na terça-feira e o local deveria estar vazio para evitar qualquer reação alérgica. “No jardim, tínhamos 85 bromélias que tivemos que tirar porque de acordo com os agentes da prefeitura são possíveis criadouros do mosquito”, afirmou.

Casos

Os casos de dengue aumentaram 78% na capital de acordo com boletim divulgado anteontem pela Secretaria Municipal de Saúde. A Pampulha ainda é a região com maior número de casos confirmados: 291 até quarta-feira. A Norte estava em segundo lugar, com 264 pessoas infectadas e o maior número de pendentes, que aguardam exames para confirmação da doença. Na Centro-Sul, são 140 casos confirmados e 162 pendentes, mas, segundo a prefeitura, bairros como Santo Antônio, São Pedro e Sion apresentam situação mais complicada.

Segundo o secretário adjunto municipal de Saúde, Fabiano Pimenta, o UBV (ultrabaixo volume), inseticida que está sendo usado em toda a cidade, substituiu a antiga caminhonete do fumacê e tem o objetivo de eliminar o mosquito vivo, infectado e que está transmitindo o vírus da dengue. “O mais eficiente é combater a larva, o UBV é uma medida complementar”, afirmou. O inseticida, explicou, forma uma névoa e quando o mosquito adulto voa encontra o produto e morre. Com a aplicação pelos agentes de endemia, segundo Fabiano, é possível direcionar o inseticida para todas as possibilidades de criadouro em uma área, ao contrário do carro fumacê.

Outros bairros da Centro-Sul ainda receberão o inseticida. Hoje, será o Anchieta no trecho da Rua Vitório Marçola, e segunda-feira a Rua Pium-í. “Pedimos que pessoas alérgicas, crianças e gestantes não estejam em casa na hora que o produto for jogado”, explicou Pimenta.


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