Jornal Estado de Minas

Administrador de Bom Despacho pode ter sido morto a tiros antes de ser queimado

Mesmo sem confirmação sobre corpo, a polícia segue com as investigações considerando que Flávio foi vítima de homicídio. Adolescente suspeito será ouvido novamente e polícia tentará identificar segundo envolvido. A investigação está canalizada para motivação relacionada a drogas

Luana Cruz, Paulo Filgueiras, Cristiane Silva, Daniel Camargos, Mateus Parreiras, Pedro Rocha Franco, Luciane Evans, Leandro Couri

- Foto: Reprodução Facebook

A polícia concluiu que o administrador de empresas Flávio Assis Luciano, 35 anos, pode ter sido alvo de três tiros antes de ter o corpo queimado dentro do carro dele em Bom Despacho, no Centro-Oeste de Minas GeraisO corpo encontrado ainda passa por perícia, um exame de DNA foi feito nos restos mortais para confirmar a identidade, mas o laudo ainda não ficou prontoMesmo assim, a polícia segue com as investigações considerando que Flávio foi vítima de homicídio

De acordo com o delegado Ivan José Lopes, peritos encontraram dois projéteis no corpo e restos de bala no carroFlávio saiu de casa no dia 19 de fevereiro, no início da noitePor volta das 22h do mesmo dia, foi visto com amigos na Praça do Rotariano, no Bairro São VicenteEle saiu do local em seu carro, um Gol prata, placa HLG-6827Funcionários de um posto de combustível acionaram a família depois que viram a foto do desaparecidoOs frentistas dizem ter visto Flávio passando pelo comércio no banco de trás do veículo dele com outros dois homens na frenteO carro de Flávio foi encontrado por um fazendeiro em vala do Bairro Arraial do Lobos

Um adolescente suspeito de envolvimento no crime foi apreendido

A detenção ocorreu porque foram encontradas drogas na casa dele, mas ele continuou como suspeito de crime contra FlávioO delegado acredita que o menor estava na cena do crime, onde ocorreram disparos e queima do corpoO jovem será ouvido novamente nesta terça-feira“A investigação está canalizada para motivação relacionada a drogas”, afirma o delegado

Outro suspeito, companheiro de Flávio, foi ouvido quando a polícia trabalhava com uma linha de investigação para crime passionalNo entanto, as pistas indicam para homicídio motivado pelo envolvimento com drogasO delegado afirma que Flávio não tinha passagens pela polícia, mas poderia estar envolvido com entorpecentes

O próximo passo da polícia é descobrir que era a terceira pessoa, além de Flávio e do adolescente, que estaria na cena do crimeCaso fique comprovada a morte do administrador, o responsável sera indiciado por homicídio e destruição de cadáver, conforme informou o delegado Lopes