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Estado de Minas

Primeiros dos 605 vencedores de licitação de táxi começam a rodar em BH


postado em 13/03/2013 07:14 / atualizado em 13/03/2013 07:15

Usuários do sistema de táxi de Belo Horizonte já podem contar com pelo menos dois reforços na nem sempre fácil tarefa de conseguir embarcar no serviço na capital. Começaram a rodar ontem os dois primeiros veículos dos 605 que vão ampliar a frota da cidade, resultado da licitação de novas permissões, que se arrastou por mais de um ano. Com eles, agora são 5.955 carros para atender 96 mil usuários/dia, o que exige de cada veículo a alta média de 16 corridas diárias. A BHTrans, que gerencia o transporte no município, espera melhorar em 20% o atendimento com a implantação da jornada mínima de 12 horas por veículo, mas não tem planos de nova licitação.

Em seu primeiro dia na praça como permissionário, Celso Antunes Gonçalves, de 55 anos, teve seu táxi liberado para rodar pela BHTrans às 12h30 de ontem. Depois de seis horas, fez a sexta corrida, transportando a equipe do Estado de Minas. Ele é o primeiro dos novos taxistas a circular. Outro motorista, que preferiu não ser identificado, também começou a rodar ontem. Até o fim da semana, a expectativa é de que pelo menos outros cinco da nova safra estejam atendendo.

A corrida com a equipe de reportagem foi curta, mas suficiente para Celso Gonçalves falar dos difíceis 17 anos trabalhando como motorista auxiliar. “Já saía de casa devendo R$ 195, pois pagava diária do carro de R$ 125 e abastecia com R$ 70.” Para ele, a entrada de 605 novos veículos em circulação não vai prejudicar quem está no mercado, nem suprir a falta de táxi. “Desde 1995 não entravam veículos no sistema. A população cresceu e também o poder aquisitivo das pessoas. Se nova licitação fosse feita, ainda assim não prejudicaria quem está na praça”, acredita.

Ele explica que as despesas para trabalhar vão cair em pelo menos um terço, o que vai representar quase R$ 2 mil a mais no orçamento familiar. Casado, pai de três filhos, ele garante que vai continuar trabalhando pelo menos 12 horas por dia, sem motorista auxiliar, pois tem de quitar o empréstimo do carro, um Gran Siena que estreou ontem na praça.


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