O motorista de uma van escolar foi preso na tarde de quarta-feira depois de ter esquecido uma criança de 3 anos presa por quase cinco horas dentro do veículo. Ricardo de Oliveira Souza, de 32 anos, trabalha com transporte escolar há 13. Ao deixar a pequena Sofia Cecília de Oliveira em casa, ele não contou para a família o que tinha acontecido.
Segundo a Polícia Militar, Souza teria buscado Sofia em sua residência por volta das 7h e deveria leva-la para o Centro de Educação Infantil, no bairro Santa Luzia. No entanto, a menina dormiu durante o trajeto e ele esqueceu que ela estava na van. A família informou à PM que havia se mudado para o bairro há um mês, e desde então a menina começou a ir para escolinha com o motorista.
Souza só percebeu que a menina estava na van na hora do almoço, quando ele estava se preparando para buscar as outras crianças. De acordo com a PM, a menina estava desacordada ao ser encontrada e o motorista teria jogado água fria em seu corpo.
Ele tentou deixar o caso em segredo, mas a mãe e a avó da criança perceberam que ela estava com os cabelos molhados, sujos de barro, a pele muito vermelha e tinha uma garrafa de água mineral nas mãos. Ao ser questionada, Sofia contou que havia sido esquecida pelo motorista. A menina chegou a ser encaminhada ao Pronto Socorro Regional, foi atendida e liberada.
O motorista da van foi preso e responderá pelo crime de abandono de incapaz. Ele pagou fiança e foi liberado. Indignada, a mãe da menina, Aline Cecília de Oliveira, de 25 anos, disse que vai procurar outro motorista para fazer o transporte da filha até a escola. “Imagine o que poderia ter acontecido? Não tem muito tempo, um bebê morreu aqui na cidade numa situação parecida. Isso não pode ficar assim”, disse.
Há um mês, Rafael Teixeira da Silva, de sete meses, morreu em Divinópolis depois de ser esquecido por seis horas dentro do carro pelo próprio pai. Em depoimento, os pais da criança disseram que uma mudança de rotina pode ter causado a tragédia. O pai do bebê vai responder por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.