A polícia vai ouvir ainda nesta semana o funkeiro Daniel Teixeira Aparecida, conhecido como MC Dodô, morador de Santa Luzia, Região Metropolitana de Belo Horizonte. O jovem é suspeito de trocar mensagens pornográficas através da internet com uma adolescente de 14 anos. O integrante do grupo Os Havaianos, Júlio César Ferreira, o Gugu, que mora no Rio de Janeiro, também foi acusado pela garota de cometer o mesmo crime.
Quem descobriu a troca de mensagens foi o pai da adolescente. Inconformado, ele levou o computador até a Delegacia Especializada de Crimes Cibernéticos para ser periciado. Na última sexta-feira, em depoimento à polícia, a garota confessou que trocava mensagens por telefone com os suspeitos e garante tê-los visto pela webcam.
Na conversa com Júlio César Ferreira, o jovem chama a garota de amor e paixão. Também diz que está pelado na cama e pede para a adolescente se mostrar na webcam. Como o aparelho não funciona, afirma que quer se masturbar para ela. Já o perfil que seria do funkeiro MC Dodo,o homem sugere que a conversa seja por telefone e depois também pede para garota ligar a webcam. Na conversa, ainda fala que está excitado com fotos da jovem postado no perfil dela.
Ao delegado Pedro Paulo Marques, a adolescente afirma que tem certeza que são os dois funkeiros. “Ela afirmou que conversou através de um videochat com os dois suspeitos. E que tem certeza que eram eles, pois fez contato audiovisual como os dois”, diz Marques. Uma intimação já foi expedida para convocar o MC Dodo para depor. O que deve acontece nos próximos dias. Já Júlio César, terá de ser ouvido por carta precatória.
MC Dodo nega crime
O jovem Daniel Teixeira negou que tenha conversado com a adolescente e que está sendo vítima de armação. “Eu estou disponível para a polícia e para família da moça se quiser me ligar e conversar comigo. A garota e a família dela podiam fazer uma retratação, pois isso é uma mentira. Fiz minha carreira em dez anos e ela está sendo destruída em três minutos”, afirmou.
De acordo com o jovem, ele nem mesmo entra na internet e está disposto a ajudar a polícia. “Meu computador está a disposição da Justiça. Eu nem tenho webcam. Eu não gosto de internet e nem entro. Minha assessoria tem o facebook e falo para eles apenas dá bom dia, boa tarde e nada mais”, explicou.
O EM.com.br tentou contato com Júlio César Ferreira, mas ninguém atendeu as ligações.