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Estado de Minas

Funkeiros suspeitos de trocar mensagens pornográficas com adolescente serão ouvidos

Um dos jovens é morador de Santa Luzia, mas nega o crime. O outro suspeito mora no Rio de Janeiro e é integrante do grupo Os Havaianos


postado em 20/03/2013 14:45

A polícia vai ouvir ainda nesta semana o funkeiro Daniel Teixeira Aparecida, conhecido como MC Dodô, morador de Santa Luzia, Região Metropolitana de Belo Horizonte. O jovem é suspeito de trocar mensagens pornográficas através da internet com uma adolescente de 14 anos. O integrante do grupo Os Havaianos, Júlio César Ferreira, o Gugu, que mora no Rio de Janeiro, também foi acusado pela garota de cometer o mesmo crime.

Quem descobriu a troca de mensagens foi o pai da adolescente. Inconformado, ele levou o computador até a Delegacia Especializada de Crimes Cibernéticos para ser periciado. Na última sexta-feira, em depoimento à polícia, a garota confessou que trocava mensagens por telefone com os suspeitos e garante tê-los visto pela webcam.

Na conversa com Júlio César Ferreira, o jovem chama a garota de amor e paixão. Também diz que está pelado na cama e pede para a adolescente se mostrar na webcam. Como o aparelho não funciona, afirma que quer se masturbar para ela.  Já o perfil que seria do funkeiro MC Dodo,o homem sugere que a conversa seja por telefone e depois também pede para garota ligar a webcam. Na conversa, ainda fala que está excitado com fotos da jovem postado no perfil dela.

Ao delegado Pedro Paulo Marques, a adolescente afirma que tem certeza que são os dois funkeiros. “Ela afirmou que conversou através de um videochat com os dois suspeitos. E que tem certeza que eram eles, pois fez contato audiovisual como os dois”, diz Marques. Uma intimação já foi expedida para convocar o MC Dodo para depor. O que deve acontece nos próximos dias. Já Júlio César, terá de ser ouvido por carta precatória.

MC Dodo nega crime

O jovem Daniel Teixeira negou que tenha conversado com a adolescente e que está sendo vítima de armação. “Eu estou disponível para a polícia e para família da moça se quiser me ligar e conversar comigo. A garota e a família dela podiam fazer uma retratação, pois isso é uma mentira. Fiz minha carreira em dez anos e ela está sendo destruída em três minutos”, afirmou.

De acordo com o jovem, ele nem mesmo entra na internet e está disposto a ajudar a polícia. “Meu computador está a disposição da Justiça. Eu nem tenho webcam. Eu não gosto de internet e nem entro. Minha assessoria tem o facebook e falo para eles apenas dá bom dia, boa tarde e nada mais”, explicou.

O EM.com.br tentou contato com Júlio César Ferreira, mas ninguém atendeu as ligações.


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