Jornal Estado de Minas

Gangues rivais promovem troca de tiros dentro de cemitério na capital

Traficante, morto em acidente de trânsito, era velado no Cemitério da Paz quando supostos rivais atiraram contra os presentes, que revidaram os tiros

Daniel Silveira
Uma troca de tiros provocou tumulto no fim da tarde desta quarta-feira no Cemitério da Paz, no Bairro Caiçara, Região Noroeste de Belo Horizonte
O tiroteio seria resultado de uma guerra entre gangues rivais do Bairro São Francisco, segundo a políciaNinguém ficou feridoUm jovem foi preso e um adolescente apreendido.

De acordo com a Polícia Militar, um traficante, que saiu da cadeia recentemente após cumprir pena por tráfico de drogas, era velado no cemitérioEle morreu na terça-feira, vítima de um acidente de motoPor volta das 16h, quatro homens se aproximaram do velório e atiraram contra amigos do morto, que revidaramHouve correria e ninguém foi atingido.

Os quatro rivais do traficante que era sepultado fugiram em duas motosJá um dos amigos do falecido correu para a Avenida Américo Vespúcio, onde estavam dois ônibus fretados para transportar familiares e amigos do homemEle entregou uma arma a um dos ocupantes do coletivoEm seguida, fugiu em um Chevette branco.

Um sentinela do 34º Batalhão da PM, que fica em frente ao cemitério, viu quando o jovem retirou a arma da cintura e a entregou ao comparsaUma viatura que saía da unidade policial foi informada e perseguiu o Chevette, que foi parado ainda na Avenida Presidente Carlos Luz, a Catalão
Já o coletivo foi abordado no Anel Rodoviário.

Segundo a PM, a arma estava com um adolescente de 14 anos, dentro do ônibusLuan Santos Rodrigues, de 23, teria admitido que a entregou ao menorAmbos têm várias passagens pela polícia por envolvimento com o tráfico de drogas, porte e posse ilegal de armasEles foram levados para o Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional (CIA-BH).

Ainda segundo a PM, a dupla revelou que há uma rixa entre duas gangues dentro do Bairro São Francisco, Região da PampulhaOs dois detidos afirmaram que rivais planejaram o atentado no cemitério porque sabiam que haveria vários comparsas do traficante morto no localA polícia civil deverá investigar o caso.