Pacientes e funcionários da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Oeste, no Bairro Jardim América, viveram momentos de pânico entre a noite de segunda e a madrugada desta terça-feira após uma ordem de toque de recolher seguida de disparos.
De acordo com a Polícia Militar (PM), por volta das 21h, uma enfermeira da unidade recebeu um telefonema, de uma pessoa que não se identificou, dizendo que caso não fechassem a unidade de meia-noite até as 7h desta terça, “ia encher de tiros” a unidade. Algum tempo depois, um outro funcionário atendeu um telefonema com o mesmo teor. Após a sequência de ameaças, um médico mandou que chamassem a polícia.
Quando os militares chegaram ao local, houve disparos no Morro das Pedras, que fica perto da unidade. Os pacientes do local tentaram se abrigar e as portas da UPA foram fechadas. Policiais militares entraram no aglomerado para localizar os autores dos tiros, mas ninguém foi encontrado. Ninguém foi atingido e a unidade médica também não teria sido alvejada.
Ainda de acordo com a PM, um médico teria sido orientado pelo conselho de medicina a suspender o atendimento por causa da ocorrência. No início da manhã, apenas casos de urgência e emergência eram atendidos no local. Por volta das 10h, funcionários informaram que o atendimento foi normalizado. O policiamento no local foi mantido.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de BH negou que o atendimento na UPA Oeste tenha sido interrompido durante a madrugada, sendo que o atendimento foi mantido com dois clínicos e três pediatras. A Secretaria também informou que o funcionamento na unidade é normal e com a equipe completa – cinco médico, três pediatras, um ortopedista e um cirurgião. Até as 11h30, 73 pessoas passaram pela classificação de risco da unidade. (Com informações de Guilherme Paranaíba)